Só no primeiro semestre de 2023, a Índia registrou 400 ataques direcionados contra cristãos, de acordo com notícias do Christian Today. Em 2022, foram registrados 274 no mesmo período.
A escalada da violência anticristã no estado de Manipur, no nordeste da Índia e também na província paquistanesa de Punjab foi denunciada pelo Conselho dos Bispos Católicos de Kerala (KCBC, da sigla em inglês).
O relatório observou que a maioria dos ataques estava ligada a falsas alegações de conversão religiosa, que é criminalizada em vários estados indianos.
Violência recorrente contra cristãos
No Paquistão, ataques de multidões atingiram recentemente mais de 80 lares cristãos e 19 igrejas na cidade de Jaranwala, na província de Punjab.
Os ataques ocorreram em 16 de agosto, após alegações de profanação de uma cópia do Alcorão, o livro sagrado do Islã. Vale ressaltar que tais alegações nem sempre são verdadeiras e são usadas pelos muçulmanos extremistas como desculpa para os ataques.
A KCBC emitiu uma declaração instando a ONU a intervir em meio à violência recorrente contra os cristãos, tanto na Índia quanto no Paquistão, conforme declarou o Vatican News.
Direitos humanos e liberdade religiosa
No estado indiano de Manipur, a violência sectária em curso já custou quase 200 vidas e deslocou mais de 50 mil pessoas nos últimos três meses.
A violência atinge principalmente os cristãos da etnia tribal Kuki-Zo. Centenas de igrejas e instituições cristãs, incluindo escolas, e milhares de casas foram queimadas e destruídas por extremistas pertencentes à comunidade majoritária Meitei, que é predominantemente hindu.
O governo federal indiano permaneceu em silêncio sobre o assunto. A KCBC observou em sua declaração que os cristãos estão se tornando cada vez mais alvos de motins e ataques de multidões em ambos os países.
Nos últimos anos, houve vários casos de grande repercussão que chamaram a atenção internacional para a questão.
O apelo da KCBC surgiu em torno do Dia Internacional em Comemoração das Vítimas de Atos de Violência Baseados na Religião ou Crença, celebrado anualmente em 22 de agosto. O dia foi introduzido por uma resolução da Assembleia Geral da ONU, em 2019, para apoiar os direitos humanos relacionados à liberdade religiosa.
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