Após ser considerada amaldiçoada por aldeia, menina epiléptica recebe tratamento de missão

A missão Samaritan’s Purse levou médicos a aldeias remotas no Sudão do Sul e ajudou a população.

Fonte: Guiame, com informações de Samaritan's PurseAtualizado: quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024 às 19:29
Atendimento médico no Sudão. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)
Atendimento médico no Sudão. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)

Em aldeias remotas no Sudão do Sul, cuidados médicos básicos estão fora de alcance devido à dificuldade de locomoção. Com isso, a missão Samaritan’s Purse enviou uma equipe médica para uma aldeia e testemunhou os resultados.

Para os cidadãos enfermos, muitas vezes, é necessário viajar longas distâncias até chegar a um hospital, onde não tem o tratamento adequado para determinadas doenças.

Kawine, de 12 anos, foi uma das moradoras que recebeu auxílio dos voluntários na aldeia Koatna Ruathnyibol Payam.

Há três anos, Nyawika, mãe de Kawine, contou que encontrou a filha tremendo no chão. 

Todos suspeitavam que fosse malária, e devido à febre, ela tinha convulsões. No entanto, apesar dos comprimidos contra a malária adquiridos em uma farmácia local, as crises continuaram.

Depois que a menina começou a apresentar sintomas de epilepsia, a vizinhança da aldeia — que não tinha conhecimento adequado — acreditou que ela estava enfeitiçada e amaldiçoada.


Kawine e um médico. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)

Diagnóstico e tratamento 

Nyawika foi convencida pela família e amigos de que o que afligiu Kawine foi obra de uma maldição. Então, por cerca de dois anos, a mãe e a filha doente buscaram ajuda de um curandeiro em outra cidade. 

“O curandeiro espiritual estava nos exigindo muito dinheiro para a cura”, disse Nyawika à Samaritan’s Purse.

Tempo depois, a equipe médica da Samaritan’s Purse chegou à região. Quando Nyawika ouviu isso, foi procurar ajuda.

Na noite anterior, enquanto convulsionava, Kawine se queimou depois de cair no fogo em uma cozinha. Segundo a missão, foi a pior queimadura que ela sofreu nos três anos anteriores.

Quando ela entrou na unidade médica móvel com a mãe, a equipe começou a tratar suas feridas. Além dos medicamentos, eles oraram e encorajaram a família.

Logo após, investigaram os sintomas e não demorou muito para que tivessem respostas sobre o caso de  Kawine.

“Sua filha não está enfeitiçada. Não entendemos tudo o que causou a doença dela, mas ela tem algo chamado epilepsia. E existem medicamentos para essa condição”, explicou um dos médicos. 

Naquele dia, Nyawika e Kawine deixaram a unidade com remédios e esperança.

Começando de novo em casa

A Samaritan’s Purse informou que já se passaram meses desde que o tratamento de Kawine começou e ela não teve mais convulsões. 

Ela retorna a unidade de saúde todos os meses para buscar medicamentos e ser avaliada.

“Sou eternamente grata à equipe médica por sua ajuda. Não estou mais arcando com as despesas do tratamento de Kawine e agora a saúde dela melhorou”, disse a mãe.


Médicos da missão. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)

A partir do testemunho Kawine, os médicos da missão viajam para outras áreas remotas do Sudão do Sul para oferecer cuidados e ensinar à população sobre a prevenção de doenças transmissíveis.

Além disso, eles também trabalham o emocional dos pacientes com médicos qualificados.

Segundo a Samaritan’s Purse, na maioria dos casos, as equipes prestam socorro em comunidades onde outros programas missionários foram estabelecidos, como agricultura e meios de subsistência, água, saneamento e higiene

Cada unidade tem capacidade para atender até 200 pacientes por dia em locais onde as mortes de recém nascidos estão crescendo e a desnutrição é constante.

Nesses locais, as famílias também sofrem com as inundações, que destroem as estações de cultivo e passam anos procurando tratamentos médicos que não funcionam.

Para a família de Nyawika, o processo terminou com alegria. Eles conseguiram reconstruir sua casa e restabelecer suas vidas após anos perdidos.

“Este ano posso cultivar o meu jardim e satisfazer as necessidades básicas, como dar comida para meus filhos”, concluiu Nyawika.

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