Caciques de aldeias indígenas aceitam Jesus: ‘Perdi muito tempo sem o Evangelho’

Mesmo com diversos desafios para proclamar Jesus, líderes de ministérios locais testemunharam: “A comunidade local está ouvindo mais da Palavra de Deus”.

Fonte: Guiame, com informações da Christian AidAtualizado: terça-feira, 13 de junho de 2023 às 17:23
O rio é um local de muitos acidentes entre moradores da região. (Foto: Reprodução/Christian Aid)
O rio é um local de muitos acidentes entre moradores da região. (Foto: Reprodução/Christian Aid)

Muitos indígenas alcoolizados, que viajam no rio, caem na água e desaparecem. Um líder de um ministério local compartilhou o testemunho de um cacique, que vive em uma aldeia no Brasil.

Segundo o Christian Aid, anos atrás, ele vendeu suas mercadorias e gastou o que ganhava com bebidas. 

Embora bêbado, ele entrou em uma canoa para visitar a aldeia que havia fundado.

“Incapaz de remar, ele foi arrastado pela corrente do rio. Ele deitou no casco da canoa e foi levado rio abaixo para longe de sua aldeia”, disse o líder de um ministério local.

“Ele disse que foi o cuidado de Deus que não o deixou cair no rio. Como aconteceu com muitos indígenas bêbados e seus parentes”, acrescentou o líder.

Depois desse episódio, ele ouviu sobre o amor de Deus, e entendeu a morte salvadora e ressurreição de Cristo.

De acordo com o Christian Aid, o cacique afirmou que havia desperdiçado muito tempo de sua vida sem conhecer o Evangelho.

“Muitos de seus parentes se afogaram depois de cair na água. O cacique e sua esposa abriram o coração e se colocaram aos pés de Jesus Cristo, entregando a vida a Deus”, relatou o líder.

Duas semanas depois, sua esposa, de 82 anos, que estava enferma faleceu. 

“Foi uma alegria, porque ela morreu com Cristo em seu coração”, declarou o cacique.

Problemas com o álcool

O problema com alcoolismo é uma realidade que atinge muitas aldeias no Brasil.

Os missionários locais acreditam que esse é um problema comum entre os indígenas, cujas festividades exigem bebedeiras. 

O líder local contou que um cacique de outra aldeia era escravo do álcool, e conduzia seus parentes a rituais de bebida e prostituição todos os fins de semana.

“Crianças, jovens e adolescentes foram vítimas de tais práticas. Até que seu filho mais velho, sob efeito de álcool, cometeu um crime matando um homem de outra aldeia, e foi levado para a prisão”, disse o líder. 

“Isso entristeceu muito o coração do cacique, que passou a pensar sempre em como resolver esse problema do alcoolismo, pois não queria que os netos vivessem a mesma vida que eles levavam”, acrescentou ele.

A provisão de Deus para esses indígenas, chegou a partir de um casal de missionários nativos, que levou o Evangelho para a aldeia.

“Eles compartilharam sobre o amor de Deus e ensinaram que o Senhor pode transformar suas vidas e libertá-los da escravidão do pecado”, contou o líder local. 

E continuou: “Foi nesse momento que o cacique com seus filhos e netos abraçaram o Evangelho. Ele tomou uma decisão muito séria de que não praticaria mais o consumo de álcool”. 

Atualmente o cacique e sua família estão aprendendo cada vez mais sobre a Bíblia.

Desafios do ministério local

Muitos cristãos nativos realizam esse trabalho de evangelização em meio a perigos de doenças e crime organizado. 

Grupos criminosos que realizam operações ilegais de mineração de ouro atacam qualquer um que esteja em seu caminho. Há constantes tiroteios com a polícia e grupos ambientais, o que aumenta o risco de bala perdida.

“Embora a Covid tenha chegado até nós, os garimpeiros ilegais nos ataquem, a malária intensa mate a região e apesar das guerras ao nosso redor, Deus nos manteve seguros”, declarou o líder de outro ministério.

“Ninguém morreu. Estamos ficando aqui e continuamos a adorar. A comunidade local está ouvindo mais da Palavra de Deus, e isso é incrível. Só o Senhor pode fazer isso”, acrescentou ele.

A oposição que frequentemente surge contra a proclamação do Evangelho também vai à tona. 

Esse líder contou que, uma mulher indígena, de uma aldeia na selva, tentou de diversas formas impedir um voluntário de falar sobre Jesus.

“Certo dia ela estava com graves problemas de saúde e veio visitar nosso missionário. Nosso missionário compartilhou com ela o Evangelho de Jesus Cristo, e naquele dia ela entregou sua vida a Ele”, relembrou ele.

A igreja local orou por ela e o Senhor restaurou sua saúde e lhe deu uma nova vida:

“Ela é um testemunho vivo na aldeia de como o Senhor pode transformar uma vida. Ela foi discipulada e batizada. E agora é uma líder local do ministério de mulheres”.

Em outro vilarejo, um obreiro teve a oportunidade de compartilhar Jesus com um casal visitante de outra região. Eles receberam a salvação de Cristo e convidaram o cristão a levar o Evangelho à sua aldeia.

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