Casal iraniano preso há 8 meses por abrir igreja doméstica terá novo julgamento

O cristianismo é visto como uma ameaça ao governo do Irã.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 25 de abril de 2023 às 15:22
Homayoun foi preso com a esposa por organizar uma igreja doméstica no Irã. (Foto: Article 18)
Homayoun foi preso com a esposa por organizar uma igreja doméstica no Irã. (Foto: Article 18)

A Suprema Corte do Irã decidiu reabrir o caso do cristão iraniano, Homayoun Zhaveh e de sua esposa Sara Ahmadi. Homayoun enfrenta um quadro grave de doença de Parkinson.

O casal foi condenado por organizar uma igreja doméstica e está detido na prisão de Evin, na capital do Irã, desde o dia 13 de agosto de 2022.  

Depois de duas tentativas frustradas de reabrir o caso desde a condenação, a Suprema Corte decidiu reavaliar a sentença. A data da nova audiência está marcada para o dia 9 de maio, conforme o Article 18 — organização que defende a liberdade religiosa. 

Presos por liderar uma igreja doméstica

O casal foi acusado pelas autoridades iranianas por “ameaçar a segurança nacional”, através de uma igreja doméstica. No Irã, o cristianismo é visto como uma ameaça.  

Além de Sara e Homayoun, o pastor Joseph Shabazian também recebeu a oportunidade de um novo julgamento. Ele foi condenado a dez anos de prisão por liderar uma igreja doméstica em sua casa. Outras duas cristãs foram condenadas com ele, mas continuam com a sentença anterior. 

A intensa pressão contra os cristãos no Irã, os forçou a realizarem cultos dentro de suas próprias casas, mas o governo viu a ação como um ato hostil contra a segurança nacional e vem punindo pastores com prisões, interrogatórios, invasões e prisões arbitrárias.  

A Portas Abertas pede orações pela Igreja no Irã e informou que se uniu a outras cinco organizações internacionais de defesa da liberdade religiosa para lançar um relatório onde diz que: “todos têm o direito de liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Todos que seguem uma religião têm o direito de mudar de religião segundo sua escolha, sem coerção ou qualquer tipo de interferência. Todos os estados devem defender esse direito, inclusive o Irã”.

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