China: Autoridades invadem igreja subterrânea e removem pastor do púlpito durante culto

A Igreja Bíblica Reformada foi invadida por mais de uma dúzia de representantes de agências governamentais do Partido Comunista.

Fonte: Guiame, com informações da ChinaAidAtualizado: quinta-feira, 18 de setembro de 2025 às 13:17
Policiais à paisana retiram o pastor (à esquerda) do púlpito, enquanto os membros são abordados e intimidados. (Foto: Captura de tela/ChinaAid)
Policiais à paisana retiram o pastor (à esquerda) do púlpito, enquanto os membros são abordados e intimidados. (Foto: Captura de tela/ChinaAid)

Em uma operação surpresa, autoridades chinesas interromperam um culto de domingo na filial de Tianhe da Igreja Reformada Bíblica de Guangzhou.

A pregação, que estava sendo ministrada para cerca de 20 a 30 cristãos, foi abruptamente interrompida quando agentes invadiram o local e removeram à força o pastor do púlpito.

Segundo testemunhas, mais de uma dúzia de representantes de agências governamentais – incluindo assuntos religiosos, segurança pública e segurança nacional – cercaram o espaço.

Eles exigiram documentos de identidade de todos os presentes, proibiram qualquer tipo de filmagem e declararam que a reunião era ilegal por não estar registrada conforme as novas regulamentações impostas pelo Estado.

Segundo a ChinaAid – organização dedicada à promoção da liberdade religiosa e dos direitos humanos – a ação reflete a crescente pressão sobre igrejas domésticas independentes, que não se submetem ao controle oficial do Partido Comunista.

Perseguições diversas

A Igreja Reformada Bíblica de Guangzhou, liderada pelo influente pastor Huang Xiaoning, já havia enfrentado diversas restrições e perseguições desde 2018, sendo alvo de monitoramento constante.

Em meio ao caos, os membros tentaram manter a calma, clamando por serenidade e oração, informou a ChinaAid.

Para muitos, o incidente simboliza não apenas a repressão estatal, mas também a resiliência de comunidades cristãs que insistem em se reunir livremente, apesar do risco de sanções.

Especialistas destacam que esse tipo de operação revela o endurecimento das autoridades diante do crescimento de grupos cristãos independentes, que optam por permanecer fora das estruturas controladas pelo governo.

Essa postura desafia a narrativa oficial de “liberdade religiosa com características chinesas”, promovida pelo regime.

O episódio em Guangzhou expõe, mais uma vez, as tensões entre fé e política na China contemporânea, opina a ChinaAid.

Enquanto o Estado reforça seu controle sobre práticas religiosas, cristãos não registrados continuam a buscar alternativas para viver e expressar sua fé, mesmo sob crescente vigilância e intimidação, afirma a organização cristã fundada pelo pastor Bob Fu.

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