Uma autoridade do governo chinês prometeu em discurso na segunda-feira (11) livrar o cristianismo de qualquer marca ocidental no país, exigindo mais “chinização” da religião.
Xu Xiaohong, chefe do Comitê Nacional do Movimento Patriótico das Três Autonomias — órgão que controla as igrejas sancionadas pelo Estado — disse que identificou problemas com o cristianismo na China, como a “infiltração” do exterior e as “reuniões privadas”, informa o jornal South China Morning Post.
“Precisamos reconhecer que as igrejas chinesas têm o sobrenome ‘China’, não ‘Ocidente’”, disse Xu a parlamentares na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, no Grande Salão do Povo, em Pequim.
Xu observou que o cristianismo se espalhou na China quando as potências ocidentais invadiram o país e destacou que a religião sempre estará ligada ao Ocidente. A influência ocidental, segundo ele, fez com que as igrejas chinesas quisessem se manter independentes.
“Portanto, as pessoas costumam dizer: ‘Mais um cristão, um menos chinês’ disse Xu, segundo a agência Xinhua News. “Para as ovelhas negras que, sob a bandeira do cristianismo, participam da subversão da segurança nacional, apoiamos firmemente que o país as leve à justiça”.
A “campanha de sinização da China”, introduzida pelo presidente Xi Jinping em 2015, procura colocar as religiões sob controle absoluto do Partido Comunista da China, que é oficialmente ateu, e alinhá-las com a cultura chinesa.
Em seu discurso, Xu saudou as tentativas anteriores de “chinalizar” o cristianismo no país, como o movimento anticristão (1922-1927) e a Rebelião dos Boxers (1899-1900). Ambos os eventos foram caracterizados pela violência contra os cristãos e resultaram em um grande número de mortes.
Ações contra o cristianismo
De acordo com um plano de cinco anos para promover a “Parece que o governo chinês está em guerra com a fé. É uma guerra que eles não vão ganhar”, disse Brownback em discurso no Clube dos Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong na última sexta-feira (8).
“O Partido Comunista Chinês deve ouvir o clamor de seu povo pela liberdade religiosa”. entre as igrejas protestantes, divulgado pelas autoridades religiosas chinesas, os esforços para tornar a fé mais “chinesa” incluem uma edição do Novo Testamento usando escrituras budistas e ensinamentos confucionistas para defender os ideais socialistas.
Além disso, todas as igrejas cristãs devem ser aprovadas pelo governo, com suas atividades estritamente reguladas e monitoradas. Cristãos que não cumprem as exigências do governo continuam sendo presos por adorar de acordo com sua fé.
Na última sexta-feira (8), o embaixador dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional, Sam Brownback, denunciou os abusos do governo chinês contra cristãos em viagem à China.
“Parece que o governo chinês está em guerra com a fé. É uma guerra que eles não vão ganhar”, disse Brownback em discurso no Clube dos Correspondentes Estrangeiros em Hong Kong. “O Partido Comunista Chinês deve ouvir o clamor de seu povo pela liberdade religiosa”.
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