Uma mulher, de 38 anos e mãe de três filhos, foi espancada, torturada e envenenada pelo pai muçulmano e parentes por se converter ao Evangelho, em Uganda. Hajat Habiiba Namuwaya, uma ex-professora islâmica, recebeu Jesus em fevereiro deste ano, depois de ser curada milagrosamente de um câncer de mama.
A recém convertida fugiu de casa no vilarejo de Namakoko no distrito de Namutumba em junho, após ser ameaçada por familiares muçulmanos.
“Minha mãe me avisou que a família estava planejando me matar. Eu compartilhei meus medos com o pastor, e ele junto com sua família aceitaram me hospedar. E eu livremente compartilhei minha nova vida em Cristo abertamente com amigos no WhatsApp, o que me colocou em apuros”, disse Namuwaya ao Morning Star News, de seu leito no hospital.
O paradeiro da cristã foi denunciado para seu pai Al-Hajji Mansuru Kiita. E no dia 20 de junho, ele e outros parentes atacaram a mulher com um objeto contundente e a forçaram a beber veneno, na casa do seu pastor, onde estava refugiada desde sua conversão.
“Ele começou a me espancar e torturar com um objeto pontiagudo, causando hematomas nas minhas costas, peito e pernas, e finalmente me forçou a beber veneno, ao qual tentei resistir, mas engoli um pouco. Meu pai recitou muitos versos do Alcorão amaldiçoando e denunciando-me como não sendo mais um dos membros da família”, relatou a vítima.
Namuwaya gritou pedindo socorro, os vizinhos vieram para socorrê-la e o pai e os parentes fugiram.
“O pastor não estava por perto quando os agressores chegaram, mas um vizinho telefonou para ele. Ele temeu vir imediatamente, mas depois veio e me encontrou lutando pela minha vida. Fui levado às pressas para a clínica próxima para primeiros socorros e, mais tarde, fui levado a outro local para tratamento e orações”, contou a cristã
A mulher não denunciou a violência sofrida à polícia com receio de retaliações da família, incluindo falsas acusações contra ela ou a igreja. Precisando de cuidados especializados, Namuwaya foi para outro local não revelado, por questão de segurança.
De acordo com o Morning Star News, o ataque foi o caso de perseguição a cristãos mais recente em Uganda. Embora a maioria da população seja cristã no país, algumas regiões do leste e do centro têm concentrações mais altas de muçulmanos, chegando a 11,5%. O ataque e assassinatos não são incomuns na região.
“A influência do islã radical tem crescido constantemente, e muitos cristãos dentro das regiões fronteiriças de maioria muçulmana está enfrentando severa perseguição, especialmente aqueles que se convertem do islamismo”, explicou a The Voice of the Martyrs.
Segundo a organização que trabalha pelos cristãos perseguidos no mundo, “apesar dos riscos, as igrejas evangélicas em Uganda responderam estendendo a mão para seus vizinhos; muitas igrejas estão treinando líderes em como compartilhar o Evangelho com os muçulmanos e cuidar daqueles que são perseguidos depois de se tornarem cristãos”.
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