Após sequestrar e estuprar uma mãe cristã no Paquistão, um muçulmano a forçou a se casar com ele e fraudou sua converção ao islamismo.
O marido da vítima, Asif Maih, informou que o suspeito do crime, Muhammad Asif Sadiq, ainda está o ameaçando, exigindo que ele devolva sua “esposa” e retire as acusações contra ele.
Maih e a esposa vivem na região de Punjab com os três filhos, e são membros da igreja Full Gospel Assemblies. A esposa foi sequestrada pela primeira vez em 11 de janeiro e foi forçada a seguir o islamismo.
“Quando Sadiq afirmou que ela havia mudado de fé e se casado com ele, eu soube que era mentira porque ela era uma cristã devota e não podia renunciar a Cristo, mesmo que sua vida estivesse em jogo”, disse Maih ao Morning Star News.
“Ela foi claramente enganada por Sadiq, que usou o certificado de conversão e o casamento falso para impedir os esforços para recuperá-la”, acrescentou.
Sua esposa, cujo nome é omitido como vítima de estupro, contou que Sadiq trabalha como segurança na Universidade de Ciências Veterinárias e Animais (UVAS), onde ela trabalha como faxineira.
1º sequestro
Sobre o incidente, ela afirmou que Sadiq a convenceu a ir com ele para se inscrever em um suposto plano do governo para receber um auxílio financeiro.
“Eu não tinha ideia de suas reais intenções e confiei em sua oferta de assistência”, disse ela.
Sadiq fez com que ela preenchesse alguns formulários e conseguiu sua impressão digital através dos documentos.
“Eu não sou alfabetizada, então não tinha ideia de que ele tinha obtido minhas impressões digitais para preparar falsas certidões de conversão religiosa e casamento”, relembrou a vítima.
E continuou: “Então, ele me levou à força para sua casa, onde sua esposa e dois filhos também estavam presentes. Ele me trancou em um quarto onde fui mantida refém por oito dias”.
A mulher contou que seu marido e alguns parentes conseguiram que um conselho local obrigasse Sadiq a libertá-la: “Ele garantiu ao conselho que anularia o casamento falso com a condição de que minha família não levasse o assunto à polícia”.
2º sequestro
Maih, que está lutando contra um câncer, não pode mais trabalhar como motorista e sustentar a família. Por isso, ao voltar para casa, a esposa teve que retornar ao emprego na UVAS.
“Eu tentei o meu melhor para evitar Sadiq na universidade e até mudei meus horários de turno para evitar qualquer contato com ele”, contou ela.
No entanto, no dia 14 de fevereiro, ela estava saindo do trabalho quando Sadiq e dois cúmplices não identificados chegaram armados em um carro e a sequestraram.
“Sadiq me manteve refém na casa de um parente e me torturou e estuprou repetidamente sob a mira de uma arma por três dias”, disse ela.
Segundo a vítima, durante o primeiro sequestro, Sadiq não a agrediu sexualmente. Em 17 de fevereiro, ela conseguiu escapar e retornar para a família.
“Eu não tinha dinheiro comigo e implorei às pessoas que me dessem algum dinheiro para que eu pudesse embarcar em um ônibus para Pattoki. Fiquei traumatizada pelos ataques, mas a esperança de ver meu marido e meus filhos novamente me deu forças para voltar para minha família”, relatou ela.
Ajuda juridica
Maih denunciou Sadiq à polícia na mesma noite em que a esposa retornou. A polícia registrou um boletim de ocorrência contra Sadiq em 19 de fevereiro. Porém, devido a um atraso na ação, ele conseguiu ser liberado após pagar uma fiança.
A advogada cristã Sumera Shafique ajudou a registrar a declaração da vítima no tribunal e facilitou a realização de um exame médico no dia 4 de março.
“É devido ao apoio dela que o caso ganhou prosseguiu, caso contrário, a polícia não estaria cooperando conosco”, disse Maih.
Sumera tinha esperança de que a fiança provisória do suspeito fosse rejeitada e ele fosse preso após os resultados do exame médico, que confirmou que a esposa de Maih havia sido abusada sexualmente.
“A polícia registrou um boletim de ocorrência sob a Seção 496-A que se refere a incitar ou deter com intenção criminosa uma mulher para ter sexo ilícito e é punível com até sete anos de prisão”, explicou a advogada.
E continuou: “No entanto, após sua declaração no tribunal detalhando como ela foi sequestrada, convertida à força e então submetida a estupro, agora buscaremos a adição de todas as seções relevantes, incluindo estupro, no boletim de ocorrêcia contra Sadiq”.
Segundo o Morning Satr News, a Seção 376 do Código Penal do Paquistão estabelece uma punição padrão para o crime de estupro: pena de morte ou prisão de 10 a 25 anos, além de multa.
O Paquistão ficou em 8º lugar na Lista Mundial de Observação de 2025 da Portas Abertas, dos lugares mais difíceis para ser cristão, assim como no ano anterior.
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