Cristã egípcia prefere ser perseguida em vez de negar sua fé: “Jesus não vai me deixar”

Durante um ataque a um ônibus no Egito, as mulheres cristãs preferiram ser alvo dos terroristas do que negarem sua fé.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: terça-feira, 18 de julho de 2017 às 14:44
Mulheres no funeral dos cristãos que foram mortos em Minia, no Egito. (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)
Mulheres no funeral dos cristãos que foram mortos em Minia, no Egito. (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

Uma das sobreviventes do massacre que matou 29 cristãos em Minia, no Egito, relatou que extremistas do Estado Islâmico forçaram as mulheres a saírem do ônibus e renunciarem sua fé em Cristo, mas elas se recusaram.

Mariam Adel, uma jovem mãe cujo marido e nove de seus parentes foram mortos no ataque em maio, relatou o ataque terrorista ao jornal britânico Financial Times nesta terça-feira (18) a partir da cama de um hospital.

Mariam lembra que os jihadistas atiraram com metralhadoras contra o ônibus que transportava os cristãos antes de começarem a matar todos os homens sobreviventes. Quanto às mulheres, os radicais ordenaram que saíssem do veículo e se convertessem ao islamismo.

“Renunciar a nossa fé? Claro que não”, disse Mariam sobre a reação das mulheres. “Se tivéssemos renunciado, eles poderiam ter nos deixado para fora do ônibus e nos tratado bem. Mas nós só queremos Jesus e confiamos que ele não vai nos deixar”.

Em resposta, os terroristas roubaram das mulheres suas jóias de ouro e telefones celulares, levando para si os “despojos de guerra”.

Outro sobrevivente do massacre de Minia, o estudante Mina Habib, de 10 anos, também relatou sua experiência angustiante. “Eles pediram a identificação do meu pai e disseram para ele recitar a profissão de fé muçulmana. Ele se recusou, disse que ele era cristão. Eles atiraram nele e todos os outros que estavam com a gente no ônibus”.

“Toda vez que eles atiravam em alguém, eles gritavam: ‘Alá é grande’”, acrescentou o garoto.

Mais de 100 cristãos foram mortos desde dezembro de 2016. Segundo um membro cristão do parlamento egípcio, Emad Gad,há “uma forte possibilidade” de mais ataques surgirem. “As medidas de segurança podem ajudar, mas a comunidade está ansiosa e sente que não há nada que possa fazer para se proteger”, afirmou.

De acordo com Mokhtar Awad, pesquisador do programa sobre o extremismo da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, disse que os terroristas islâmicos culpam os cristãos fortemente por apoiarem o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi e sua repressão contra o terrorismo.

“Eles têm incitado contra os cristãos e os culpado pela queda da Irmandade Muçulmana”, disse Awad. “O EI chegou a um ponto gerar ódio suficiente contra os cristãos para tentar traduzir isso em ação”.

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