Cristão é decapitado em meio a conflitos na Índia

David Thiek foi morto enquanto vigiava sua vila de saques, em meio ao conflito étnico em Manipur.

Fonte: Guiame, com informações do The Christian Post Atualizado: quinta-feira, 6 de julho de 2023 às 14:40
Igreja queimada em Manipur. (Foto: Reprodução/YouTube/CBN News).
Igreja queimada em Manipur. (Foto: Reprodução/YouTube/CBN News).

Um cristão foi decapitado no domingo (2), no estado de Manipur, na Índia, intensificando os conflitos étnicos na região.

De acordo com o jornal indiano First Post, David Thiek foi morto e decapitado em sua vila Langza, no distrito de Churachandpur, lar das tribos Kuki. 

Um morador local relatou que o cristão era um dos poucos voluntários que permaneceu no vilarejo para proteger as casas de saques. Os moradores foram orientados a fugir para se protegerem da violência.

Outros três cristãos foram mortos a tiros no distrito vizinho de Bishnupur. As vítimas foram identificadas como Ningombam Ibomcha, de 34 anos, Naorem Rajkumar, de 26 anos, e Haobam Ibocha.

Os assassinatos recentes aumentaram a tensão entre as tribos Meitei, de maioria hindu, e Kuki-Zomi, de maioria cristã.

A Suprema Corte da Índia solicitou uma atualização sobre a situação de lei e ordem no estado de Manipur. Uma petição que pede a proteção da tribo Kuki pelo Exército Indiano está sendo analisada pela Corte.

Forças militares tentam controlar a situação em Manipur, mas a tensão continua alta.

Conflito étnico

Os Kuki e os Meitei, dois grupos indígenas no estado de Manipur, vivem um conflito antigo que envolve questões de direitos de povos minoritários.

Os Meitei são hindus e as tensões com os Kukis se intensificaram pelo suposto  envolvimento da etnia Meitei com organizações nacionalistas hindus, que perseguem cristãos.

Conforme comentaristas políticos da Índia, o nacionalista hindu Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) e o Partido Bharatiya Janata (BJP) usaram a comunidade Meitei para promover sua agenda na região.

Mais de 50 mil cristãos se tornaram deslocados internos, 400 igrejas foram queimadas, 250 vilarejos foram destruídos e 120 pessoas morreram durante os conflitos, segundo a Missão Portas Abertas.

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