Cristão é decapitado por militantes islâmicos, em Moçambique

A província é chamada de “Terra do Medo” devido à brutal violência contra cristãos e até muçulmanos moderados, considerados infiéis.

Fonte: Guiame, com informações do Barnabas FundAtualizado: quinta-feira, 4 de agosto de 2022 às 12:27
A cidade de Mueda abriga tropas moçambicanas que se preparam para uma ofensiva para retomar Mocímboa da Praia do Al-Shabaab. (Imagem ilustrativa: Wikiwan/CreativeCommons)
A cidade de Mueda abriga tropas moçambicanas que se preparam para uma ofensiva para retomar Mocímboa da Praia do Al-Shabaab. (Imagem ilustrativa: Wikiwan/CreativeCommons)

Militantes Islâmicos invadiram uma vila cristã em Memba, província de Nampula, no norte de Moçambique, e decapitaram um morador.

Segundo relatos, o ataque foi realizado por terroristas ligados ao Estado Islâmico (ISIS ou Daesh), e foi o primeiro de radicais muçulmanos nos últimos anos na província de Nampula.

De acordo com o Barnabas Fund, o EI também assumiu a responsabilidade pela “decapitação de vários cristãos” em ataques em Nangade, província de Cabo Delgado, ao norte de Nampula.

Terrorismo extremo

A organização militante afiliada ao Estado Islâmico chamada Ahlu Sunnah Wa-Jama, conhecida localmente como Al Shabaab (não o grupo Somali com o mesmo nome), ganhou o controle de uma área de Cabo Delgado em 2017.

A província é chamada de “Terra do Medo” devido à brutal violência contra cristãos e até muçulmanos moderados, considerados infiéis pelos radicais.

Decapitar, arrancar a pele e cortar os membros de suas vítimas são métodos típicos do grupo. “O que eles fazem com as pessoas que capturam e matam eu nunca vi em nenhum lugar da África”, diz um especialista.

Está se espalhando

No final de 2021, forças moçambicanas, ruandesas e sul-africanas começaram a expulsar os islâmicos, mas a insurgência islâmica dá mostras de que está se espalhando.

Em dezembro, um pastor do distrito de Macomia, em Cabo Delgado, foi raptado e decapitado por Islamistas, que então ordenaram à sua viúva que levasse sua cabeça num saco até uma esquadra da polícia distrital e denunciasse o homicídio.

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