Cristãos assírios dizem que a guerra fortaleceu sua fé em Jesus: "Deus fará milagres"

Nem mesmo a destruição causada pelo Estado Islâmico foi suficiente para desanimar os cristãos remanescentes em Qaraqosh (Iraque). Eles afirmam que Deus fará milagres na região.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sábado, 18 de março de 2017 às 15:40
Cristãos assírios protestam contra a perseguição religiosa. (Foto: Michael Schmidt/Sun-Times)
Cristãos assírios protestam contra a perseguição religiosa. (Foto: Michael Schmidt/Sun-Times)

Um relatório sobre a antiga cidade iraquiana de Qaraqosh, que foi retomada dos domínios do Estado Islâmico no ano passado, revelou que uma das comunidades cristãs mais antigas da história que vive ali permanece dizimada, mas os moradores têm esperança de que Deus restaurará suas terras.

"Vemos destruição à nossa volta", disse o professor Ryan Mauro, analista de segurança nacional do Projeto Clarion, em um depoimento, enquanto caminhava pela cidade antiga. O relato foi publicado pelo site 'Breitbart News'.

Mauro disse que o Estadi Islâmico se empenhou em destruir todas as casas de famílias cristãs e símbolos do cristianismo na cidade, bem como fez em outros territórios capturados no Iraque e na Síria.

"Em algumas ocasiões, ouvi a frase: 'Nós não adoramos um Deus de edifícios, nosso Deus está aqui', enquanto apontavam para seus corações", disse ele sobre a reação dos moradores cristãos locais diante da destruição promovida pelo Estado Islâmico.

"Aqueles com quem eu andei por Qaraqosh se mostraram convictos de que sua fé é ainda mais forte do que era antes e prometeram reerguer as igrejas incendiadas para preenchê-las com uma multidão ainda maior do que antes", o analista de segurança nacional explicou. "Para eles, Deus usará esse inferno que eles estão suportando agora para realizar milagres".

Qaraqosh foi retomada dos domínios do Estado Islâmico em novembro de 2016, mas a guerra causou uma destruição completa no país, com pilhas de concreto e detritos sendo as únicas coisas restantes em lugares onde antes eram casas e prédios que estavam construídos.

Alguns dos cristãos assírios que fugiram voltaram com esperanças de reconstruir um dia sua comunidade, mas estão realistas sobre o sério desafio que enfrentam agora.

"Não sei como seremos capazes de reconstruir nossa casa e quem vai me ajudar", disse um dos homens com quem Mauro conversou. "Nós não temos nada, não temos casas. "Como podemos voltar para cá?".


Apoio Internacional
Sobre a política americana, Mauro disse que cristãos e curdos muçulmanos que foram alvo de Estado Islâmico têm esperança que o presidente Donald Trump não será "limitado por limitações convencionais" na luta contra o grupo terrorista.

"Os curdos, a minoria curda Kakai e os cristãos me pediram, direta e apaixonadamente, que transmitisse uma solicitação ao Presidente Trump: que ele viesse pessoalmente visitá-los e que os EUA fornecessem apoio político e militar. Uma zona segura para as minorias perseguidas deve se tornar imediatamente um objetivo oficial da política dos EUA", disse Mauro.

"Fiquei surpreso com o quanto muitos cristãos e muçulmanos curdos que eu conheci se mostraram abertamente pró-Trump. Eles também expressaram seu apoio sem me fazer mesmo a pergunta. Para eles, a questão é se posicionar contra o Islã radical, do qual o Estado Islâmico é a mais mortífera manifestação agora", acrescentou.

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