Cristãos da Venezuela pedem orações, enquanto crise continua a piorar no país

A taxa de inflação da Venezuela, atualmente em 679%, deve aumentar para até 2.000% no próximo ano, se a crise política - como a ditadura de Nicolás Maduro - persistir.

Fonte: Guiame, com informações do Gospel HeraldAtualizado: terça-feira, 25 de abril de 2017 às 19:37
Manifestante protesta contra a crise política e a fome na Venezuela. (Foto: CNN)
Manifestante protesta contra a crise política e a fome na Venezuela. (Foto: CNN)

As igrejas da Venezuela estão pedindo a cristãos de outras nações que orem pelo seu país, atualmente dominado por uma crise política que tem piorado cada vez mais.

"Os cristãos da Venezuela estão pedindo também a nós, aqui da América do Norte, que oremos por eles, que oremos por uma solução para a situação de seu país", disse Steve Shantz, vice-presidente internacional da Trans Radio Transmundial (TWR) para a América Latina e Caribe. A 'TWR' é um ministério que trabalha através dos meios de comunicação de massa para alcançar vidas para Cristo.

A Venezuela foi abalada por uma série de protestos, desde 30 de março, quando a Suprema Corte venezuelana assumiu os poderes parlamentares da Assembléia Nacional, liderada pela oposição.

O movimento levou líderes da oposição a classificarem o presidente Nicolás Maduro como um ditador.

"Nicolas Maduro realizou um 'golpe de estado'... isto é uma ditadura", disse Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional, numa entrevista coletiva, segundo a Reuters. Ele continuou seu protesto indignado, rasgando uma cópia da decisão da Suprema Corte, chamando-a de "lixo de pessoas, que sequestraram a Constituição, os direitos e a liberdade dos venezuelanos".

No último domingo (23), Maduro declarou que as negociações com a oposição serão retomadas, mas parece não haver sinais de que os protestos vão acabar em breve. Dez pessoas morreram nos protestos neste mês e acredita-se que outras 11 devem morrido eletrocutadas, quando uma padaria foi saqueada em Caracas, de acordo com a BBC.

Como a crise política do país continuou a se aquecer, sua crise econômica que já era grave também acabou piorando, resultando na contínua escassez de produtos para necessidades básicas, como alimentos e remédios.

Shantz disse que a situação é "terrível". A taxa de inflação, atualmente em 679%, deve aumentar até 2.000% no próximo ano, se esses problemas persistirem.

A crise econômica chegou a tal nível que "em muitos casos, as pessoas estão morrendo de fome", e o número de crimes violentos aumentou, disse Shantz.

Maduro encarregou os militares da distribuição de alimentos, mas estes oficiais aproveitaram a situação caótica para obter lucro, vendendo estes mantimentos em mercados negros, com preços até 100 vezes maiores do que o recomendado pelo governo. Aqueles que precisam de alimentos não são capazes de comprá-lo, informou a Associated Press.

Alguns venezuelanos famintos recorrem à colheita de grãos de arroz e milho que caem de caminhões. Outros estão matando animais silvestres, como flamingos e tamanduás para comer.

No meio do caos, a 'TWR' continua a trazer esperança para os venezuelanos através de seus programas matinais, chamado "Despertar".

"As pessoas escutam o programa quando estão se preparando para o trabalho e à noite", disse Shantz. "E também inserimos muitos textos devocionais no Despertar. Muitas das palavras que estamos falando são palavras de encorajamento".

A igreja também se tornou um lugar onde as pessoas encontram graça. Shantz contou uma história de como, em uma igreja, as pessoas levam comida, como arroz e feijão - apesar do pouco que têm - e alimentam até 120 crianças por semana.

Ele disse que uma coisa que as igrejas norte-americanas podem fazer é orar pelo fim das crises políticas e econômicas da Venezuela.

"Como crentes aqui na América do Norte, podemos orar para que de alguma forma a situação política na Venezuela venha a uma reconciliação para que o país possa começar a atender as necessidades do povo, dos pobres", disse ele. "E nós poderíamos orar para que de alguma forma a Venezuela recupere o dinheiro que eles precisam para dar comida e remédios ao seu povo".

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