Cristãos são alvo de terroristas islâmicos apesar da pandemia, diz Portas Abertas

O grupo terrorista atacou diversas comunidades cristãs causando mortes e destruição de casas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian HeadlinesAtualizado: quinta-feira, 9 de abril de 2020 às 13:52
Denúncia de ataques foram feitas pela Portas Abertas. (Foto: Reprodução/Premier)
Denúncia de ataques foram feitas pela Portas Abertas. (Foto: Reprodução/Premier)

A instituição de vigilância contra a perseguição cristã, Portas Abertas, disse que as comunidades cristãs na Nigéria central estão sendo cada vez mais alvo de combatentes islâmicos durante o atual período de confinamento devido ao surto de coronavírus.

Radicais armados atingiram várias aldeias em dois estados ao norte da capital Abuja deixando 32 mortos. Todos estavam sob ordens estritas de ficar em casa por causa da pandemia.

"São ataques horríveis e oportunistas a pessoas que estão indefesas em suas casas durante o bloqueio", disse Jo Newhouse, porta-voz regional da Portas Abertas.

"O governo precisa garantir a segurança de todos os nigerianos durante os confinamentos do Covid-19 e enfrentar a impunidade com que ataques como esses continuam", apelou.

Militantes Fulani lançaram um ataque cruel a uma comunidade cristã local no estado de Plateau. A investida aconteceu em 1º de abril, quando os combatentes mataram três pessoas e atearam fogo em pelo menos 17 casas.

"Havia tantos [militantes] que ninguém podia resistir a eles", disse o líder comunitário Sunay Abdul.

"Eles queimaram casas aleatoriamente, queimaram quatro carros e mataram três pessoas, enquanto sete outras sofreram vários graus de ferimentos", descreveu.

As aldeias de Kperie e Gbra-Zongo, no estado de Plateau, também foram alvo nas últimas semanas.

"Os pistoleiros Fulani chegaram à comunidade e começaram a atirar e queimar casas, uma operação que durou até 1h da manhã", disse o presidente da Associação de Desenvolvimento da Juventude de Miango, Nuhu Nkali.

“Atualmente, muitas pessoas estão desabrigadas, porque suas casas foram queimadas pelos agressores”, Nkali acrescentou.

"Não sabemos o que fizemos para justificar essa maldade contra nosso povo. A comunidade fez esforços para alertar os agentes de segurança, mas nada foi feito para evitá-lo”, informou.

"Se as pessoas vão ficar em suas casas durante a pandemia do Covid-19, precisam se sentir a salvo de ataques terríveis como esse", finalizou.

De acordo com a Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas de 2020, cerca de 1.350 cristãos foram mortos na Nigéria no ano passado.

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