O número de países onde os cristãos sofrem restrições religiosas passou de 108 para 128 em apenas um ano, segundo um novo estudo publicado pelo Pew Research Center.
Os resultados mostram que o aumento de países com níveis elevados de restrições religiosas com base em suas leis, políticas e ações de governo subiu para 25% em 2015.
Na Europa, o aumento das restrições aconteceu no ano em que seus países acolheram um número crescente de refugiados e quando uma série de ataques com motivações religiosas abalaram a França.
Para a pesquisadora principal do estudo, Katayoun Kishi, ainda é muito cedo para dizer se o aumento é uma tendência ou um marco momentâneo. “Nós temos que esperar e ver se até o próximo ano esta tendência continua ou se é um evento único, pois é um aumento modesto”, ela afirmou.
Vários fatores refletiram no aumento da violência social relacionada à religião, onde pessoas foram agredidas ou deslocadas por causa da sua fé.
De acordo com o estudo, dentre 198 países avaliados, cerca de 105 experimentaram assédio do governo por motivos religiosos. Em 2014, esse número era de 85. Em 2015, grupos religiosos de em 23 países foram alvo de mais de 200 casos de repressão do governo.
O Oriente Médio e Norte da África foram as regiões que tiveram a maior porcentagem assédio do governo e outras forças contra grupos religiosos, sendo parte de 95% dos casos. Por outro lado, o local que sofreu o maior aumento desses casos é a Europa, tendo participação de 53% nas restrições religiosas entre 2014 e 2015.
Mais de 200 casos de uso de força do governo contra grupos religiosos foram registrados apenas na França e Rússia.
Na França, a maioria dos casos envolvem indivíduos que estão sendo punidos por violarem a proibição de cobrir o rosto em espaços públicos. Na Rússia, evangélicos estão sendo processado por exercerem sua religião.
De maneira geral, o Egito foi o país que teve níveis mais altos de restrições do governo sobre a religião em 2015, enquanto a Nigéria teve as maiores hostilidades sociais.
Os 198 países que fizeram parte do estudo foram avaliados com dois índices: restrições do governo e hostilidades social. As fontes primárias da pesquisa incluem relatórios de agências governamentais dos Estados Unidos, Organização das Nações Unidas (ONU) e organizações não-governamentais.
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