Mais três cristãos foram presos no Irã enquanto participavam de um culto doméstico, no dia 5 de setembro. Oficiais de inteligência invadiram a casa por volta das 22h e levaram detidos Ahmad Sarparast, Morteza Mashoodkari e Ayoob Poor-Rezazadeh a um local desconhecido para interrogatório.
Os crentes foram presos em Rasht, onde a igreja subterrânea é fortemente perseguida. Atualmente, 11 cristãos locais estão cumprindo pena de prisão, incluindo o pastor Yousef Nadarkhani. Mohammadreza Omidi (Youhan), outro crente, está vivendo em exílio interno e outros quatro cristãos estão aguardando suas sentenças.
Nove entre os 11 cristãos presos estão cumprindo penas de cinco anos por participação e liderança em igrejas domésticas e são acusados de “agir contra a segurança nacional”. A maioria das prisões aconteceram em janeiro e fevereiro de 2019, durante invasões a casas e igrejas domésticas na região.
Nas últimas semanas, nove cristãos presos, detidos na Prisão de Evin, foram ameaçados de serem transferidos para outras penitenciárias. Neste caso, eles teriam que pagar o próprio transporte. Os crentes temem que uma transferência prejudique seus pedidos de novo julgamento, recurso ou licença.
Ocupando a 8ª posição na lista de países perseguidos da Missão Portas Abertas, o Irã é um país hostil ao cristianismo e os irmãos iranianos podem ser presos se sua fé for descoberta pelo governo.
O governo iraniano entende que a conversão de muçulmanos ao cristianismo é uma ameaça ao domínio islâmico no país. Então, os cristãos ex-muçulmanos são perseguidos pelo governo. Família e comunidade participam dessa perseguição, já que enxergam como traidores aqueles que abandonam o islã e os costumes da religião.
Por conta desse cenário, as igrejas existem de maneira secreta e, quando são descobertas passam a ser invadidas, e todos os líderes e membros são presos. Eles recebem longas sentenças de prisão por “crimes contra a segurança nacional”.
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