Cristãos temem perseguição durante o Ramadã e 'fingem jejum', no sudeste asiático

"Eu estou com medo de ser forçado a negar a Jesus. Portanto, por favor, orem por mim e por meus companheiros cristãos de origem muçulmana, para que Deus nos dê forças para não negá-Lo", pediu um cristão que está mantendo sua identidade em sigilo.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 7 de junho de 2016 às 15:22

Vivendo em constante medo da perseguição por causa da sua fé, cristãos do sudeste da Ásia pretendem 'fingir um jejum' durante o Ramadã deste ano - celebração muçulmana, que acontece durante o mês de junho.

Um cristão - que pediu para manter sua identidade em sigilo e tem sido forçado a esconder sua fé - disse à Missão Internacional Portas Abertas que ele está 'fingindo um jejum' na frente de seus colegas muçulmanos para que eles não suspeitem de sua conversão ao cristianismo.

"Seu fizer o contrário, isso pode resultar em suspeitas e questionamentos. Somente quando estou sozinho ou com outros crentes - que também escondem sua fé - posso ser eu mesmo. Não é fácil viver uma vida tão dúbia", disse ele.

"Como eu, muitos crentes que vivem em segredo não ousam revelar sua fé, porque se formos presos, seremos enviados para centros de reabilitação islâmicos. Eu já ouvi histórias de lavagem cerebral, torturas e abusos mentais para fazer com que os cristãos - que antes eram muçulmanos - neguem sua fé em Cristo".

O mês sagrado do Ramadan é celebrado pelos muçulmanos em todo o mundo, para marcar a primeira revelação do Alcorão ao Profeta Maomé. Seguidores do islamismo optam pela abstinência de beber e comer nas horas em qua a luz do dia estiver evidente durante o Ramadã, optando por comer antes de amanhecer e depois do sol.

O calendário baseia-se no ciclo lunar, de modo que a data do Ramadã muda a cada ano. Este ano, a celebração começa nesta terça-feira dia 06 de junho, com a observação da lua crescente, esta noite, e o primeiro dia de jejum começará amanhã ao nascer do sol. O Ramadã irá continuar por 30 dias, até o dia 05 de julho.

O cristão citado pela Missão Portas Abertas explicou que ele costumada participar do Ramadã a cada ano, até que ele se tornou cristão.

Os muçulmanos acreditam que eles adquirem "Pahala" - méritos espirituais - por causa do jejum e se os seus méritos superarem seus pecados no dia do julgamento, eles "terão sua entrada no paraíso autorizada".

"Graças a Deus, eu sou agora um cristão e tenho certeza de que Cristo os meus pecados foram lavados pelo Seu sangue. Agora eu busco me aprofundar em meu relacionamento com Deus e conhecer mais a Cristo", disse o homem.

Ele acrescentou que está preocupado com a possibilidade de ser descoberto e que exijam que ele negue sua fé.

"Eu estou com medo de ser forçado a negar a Jesus. Portanto, por favor, orem por mim e por meus companheiros cristãos de origem muçulmana, para que Deus nos dê forças para não negá-Lo", pediu.

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