Culto com 40 pastores é invadido por mais de cem policiais, na China

Três pastores foram presos enquanto o restante foram trancados e interrogados. Eles foram acusados de “participar de reuniões ilegais, sem a permissão do governo”.

Fonte: Guiame, com informações de China AidAtualizado: sexta-feira, 12 de maio de 2017 às 14:31
Policiais à paisana cercam um homem que estava dentro de uma igreja, em Pequim. (Foto: David Gray/Reuters)
Policiais à paisana cercam um homem que estava dentro de uma igreja, em Pequim. (Foto: David Gray/Reuters)

Uma reunião com mais de 40 pastores na China foi invadida por cerca de 100 policiais e oficiais de segurança, segundo a organização China Aid.

Organizado pelo pastor Guo Pingxi, o encontro entre pastores que lideram igrejas domésticas no país promovia a “unidade no cristianismo”. O evento aconteceu em abril, na província de Liaoning, no nordeste da China.

Três pastores foram presos no momento da invasão policial, enquanto o restante dos líderes foram trancados em uma sala e interrogados individualmente. O processo de interrogatório perdurou por várias horas, e os pastores foram acusados de “participar de reuniões ilegais, sem a permissão do governo”.

Segundo um dos participantes, a polícia acusou o pastor Guo de pertencer a um grupo estrangeiro anti-China, uma acusação considerada “ridícula” pela testemunha.

“Nós contestamos isso porque o pastor Guo é chinês. Como ele poderia ser parte de um grupo estrangeiro anti-China?”, questionou o pastor participante. “O governo teme a defesa do pastor Guo por causa da unidade das igrejas domésticas chinesas”.

Guo também foi alvo das autoridades chinesas em novembro de 2014, quando as foi detido por dar palestras sobre sistema legal e religião aos cristãos de Dazhou, na província de Sichuan. Ele ficou preso sob regime administrativo por 15 dias.

A China permite apenas a operação de igrejas legalmente registradas pelo Movimento Patriótico Protestante das Três Autonomias ou pela Associação Patriótica Católica Chinesa.

As igrejas subterrâneas ou domésticas não registradas são ilegais no país e são frequentemente sujeitas a invasões por parte das autoridades.

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