No dia 14 de abril de 2014, ocorreu o trágico sequestro das “meninas do Chibok”. Extremistas islâmicos do grupo terrorista Boko Haram invadiram a escola pública secundária GGCSS, no estado do Chibok, Nordeste da Nigéria, levando 275 meninas.
Os terroristas fingiram ser soldados do governo e disseram que foram enviados para protegê-las. De acordo com a Portas Abertas, apenas 47 estudantes conseguiram escapar no dia e 103 foram libertas do cativeiro.
Nove anos se passaram e os pais ainda esperam pelo retorno de suas filhas. Durante quase uma década os que estão vivos choram e clamam a Deus por esse dia.
A dor e o sofrimento de pais e mães
Yakubu Nkeki, representante da Associação de Pais das Meninas de Chibock explica a espera deles como “uma morte lenta e asfixiante que os desgasta dia após dia”.
“Perdemos 38 pais nos primeiros três anos após o sequestro. Mesmo doenças mais simples, como pressão alta, ceifam a vida dos pais angustiados. Eles sentem muita dor”, explicou.
“Se nossas meninas morreram, queremos saber. Precisamos ser informados. Somente assim poderemos parar de esperar”, disse Ishaya, um dos pais que continua esperando.
Ele disse que não há um dia em que não olha para o retrato da filha com saudade e preocupação com o que ela deve estar passando.
“Não tivemos nenhuma novidade até agora. Como mãe, me recuso a aceitar que minha filha está viva ou morta a não ser que isso seja confirmado por fontes confiáveis”, disse uma mãe.
‘Eles usam o sequestro para enfraquecer os cristãos’
Conforme a organização, os extremistas usam os sequestros para enfraquecer as comunidades cristãs locais e obter dinheiro através dos resgates.
Uma das reivindicações recentes dos pais é que as meninas voltem para casa quando resgatadas. Até o momento, quando uma delas é encontrada, é obrigada a ficar sob tutela do governo. Mesmo fora do cativeiro, elas precisam encarar todos os dias os abusadores que foram presos ou rendidos, que ficam no mesmo local.
Apesar disso, no abrigo, as meninas podem usar telefones e conversar com os pais. Elas também têm conseguido contatar líderes das igrejas locais para compartilhar as dificuldades e pedir ajuda em oração.
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