Em resposta à execução de 21 cristãos egípcios na Líbia, Egito pede à ONU uma intervenção militar

Ataques aéreos já têm sido realizados por tropas egípcias contra bases do Estado Islâmico na Líbia, mas o balanço dos bombardeios ainda é desconhecido.

Fonte: Guiame, com informações do TerraAtualizado: quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015 às 14:42

Na última terça-feira, 16,/02, o Egito pediu à ONU que execute uma intervenção militar internacional na Líbia. A solicitação foi motivada pelo recente vídeo publicado pelo Estado Islâmico, no qual foram exibidas imagens de 21 cristãos egípcios sendo decapitados em uma praia da Líbia.

Ataques aéreos já têm sido realizados por tropas egípcias contra bases do Estado Islâmico na Líbia, mas o balanço dos bombardeios ainda é desconhecido.

Outros países como França e Itália também têm solicitado desde a última segunda-feira, uma reunião com o Conselho de Segurança da ONU para aprovar novas medidas na Líbia.

Comentando a rápida resposta das tropas egípcias ao massacre cometido e publicado mais recentemente pelo Estado Islâmico, o presidente do Egito, Abdel Fatah al Sissi afirmou que tem lutado para restabelecer a segurança no país.

"Não tivemos outra opção. Considerando que o povo esteja de acordo que atuemos para restabelecer a segurança e a estabilidade no país", disse em entrevista à rádio francesa Europe 1.

"O que está acontecendo na Líbia vai converter este país em um viveiro que ameaçará o conjunto da região, não apenas o Egito, como toda a bacia mediterrânea e a Europa", alertou o presidente egípcio.

"É preciso tratar este problema porque a missão de nossos amigos europeus não foi bem sucedida", disse al-Sissi, em referência à intervenção que acabou com o regime de Muamar Kadafi em 2011. "Abandonamos o povo líbio, que virou prisioneiro de milícias extremistas", acrescentou.

O ministro egípcio de Assuntos Exteriores, Sameh Chukri, esteve em Nova York para pedir uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, segundo o seu porta-voz, Badr Abdelaty.

No vídeo vídeo que mostra as decapitações dos 21 cristãos, uma legenda chamou a atenção. "O povo da cruz, os seguidores da igreja egípcia hostil", dizia a inscrição. Cristãos do Brasil e em diversas partes do mundo têm se unido em campanhas nas mídias sociais, com hashtags, como "#eusouopovodacruz" ou "#façopartedoreinodacruz", entre outros.

Brasil
Ao comentar o vídeo, o deputado federal Roberto de Lucena também expressou sua indignação contra a perseguição religiosa promovida pelo Estado Islâmico em todo o mundo.

"E sou irmão dessas pessoas que estão sendo barbaramente eliminadas por causa da sua fé em pleno século XXI. A liberdade religiosa é um direito humano fundamental e todos nós cristãos, judeus, muçulmanos e fiéis de outra fé, precisamos nos unir contra o ódio pregado em nome de Deus", disse.

O parlamentar também afirmou que já elaborou e apresentou um projeto de lei que possibilita que o presidente da República posicione-se oficial e drasticamente com relação a governos de outros países que apoiam ou toleram atos de terrorismo.

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