Terroristas ligados ao grupo Estado Islâmico estão espalhando ataques em Nampula, na província mais populosa de Moçambique.
O primeiro ataque na província aconteceu no início do mês, quando terroristas atacaram centros rurais e decapitaram alguns moradores.
Além disso, o grupo Estado Islâmico da Província de Moçambique se responsabilizou por incendiar duas igrejas e mais de 120 casas de cristãos na semana passada, em Nampula.
O ataque que teve maior repercussão foi contra a freira Maria de Coppi, da Missão Católica Chipene, que foi morta a tiros pelos jihadistas. Os terroristas ainda incendiaram a igreja, o centro de saúde e os bairros residenciais da área, de acordo com relatórios locais.
A insurgência jihadista tem devastado Moçambique, especialmente a província de Cabo Delgado, no extremo norte do país, onde cerca de 4.000 pessoas foram mortas e 950.000 ao longo dos últimos quatro anos.
A investida dos extremistas em Nampula ocorre apesar dos esforços militares na nação. Há mais de um ano, uma força militar de 16 nações, juntamente com tropas do Ruanda, tem atuado em apoio aos militares moçambicanos.
Perseguição a cristãos em Moçambique
O país é o 41º na Lista Mundial da Perseguição 2022, que classifica os 50 países em que os cristãos são mais perseguidos.
Para os cristãos em Moçambique, a opressão islâmica é a forma mais comum de perseguição. De acordo com um parceiro da Portas Abertas, os ataques islâmicos radicais eliminaram a vida de muitos seguidores de Jesus.
A brutalidade dos jihadistas aumentou e um dos grupos extremistas tem ligações com o Estado Islâmico. Outro problema é a presença de cartéis de drogas em algumas áreas, que torna a vida dos cristãos que trabalham com jovens mais difícil.
Por meio de treinamento e capacitação econômica, a Portas Abertas concentra-se no auxílio emergencial aos cristãos afetados pelo aumento da violência no Norte de Moçambique.
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