O caso de Ebrahim Firouzi já é conhecido entre os cristãos. Seu problema com o Irã começou em 2011, quando se converteu ao cristianismo. Em 2013, foi acusado de apostasia e por associação com “grupos extremos”. Ele já ficou preso por mais de 7 anos e agora está sendo intimado novamente por “propaganda contra a república islâmica”.
O que o cristão fez dessa vez?
Segundo a Portas Abertas, enquanto estava cumprindo exílio interno, divulgou vídeos onde protesta contra as violações de direitos que enfrenta no Irã. Por conta disso, foi convocado a responder novas alegações de “propaganda contra a república islâmica em favor de grupos hostis”.
Em um dos conteúdos, Firouzi reclama da pressão que enfrenta do irmão, do confisco de uma propriedade e sobre sua descoberta de que um dos “amigos” era na verdade um informante do Ministério de Inteligência.
Ele também contou que, em setembro de 2020, recebeu um pacote contendo algumas Bíblias, mas o Ministério da Inteligência impediu que o pacote chegasse até ele. Quando foi ao correio receber a encomenda, os agentes da inteligência já estavam lá esperando por ele. Agora Firouzi deverá se apresentar ao Ministério Público dentro de poucos dias.
Injustiça e perseguição
Segundo o líder cristão, os agentes do governo foram até a casa dele em um carro da polícia, sem um mandado ou qualquer acusação oficial e confiscaram laptops, celulares e livros didáticos que ele usava nas aulas de teologia on-line. Os exemplares foram publicados com a permissão do Estado.
Firouzi acrescenta que ainda aguarda a devolução dos bens. “Eles me dizem: Ainda não examinamos o conteúdo", explica. "Mas ao fazer isso, eles estão me impedindo de continuar minha educação on-line", continua. Firouzi argumenta que é um cidadão iraniano cristão e tem direitos legais de estudar por meio de dispositivos eletrônicos.
"Não tenho medo da prisão"
O cristão, que esteve no radar do Ministério de Inteligência do Irã na última década, deveria completar seu exílio até outubro de 2022, mas, após ele tirar uma licença não autorizada, a pena aumentou em 11 meses. Ele acredita que o caso pode levar ainda mais três anos de prisão, mas afirma que "não tem medo” de ser mandado de volta para a prisão por dizer a verdade ou lutar por justiça.
"Minha oração é que as autoridades busquem a verdadeira justiça. A igreja iraniana nunca quis guerra com o governo. O poder do amor de Cristo por nós é tal que nenhuma outra força pode nos distrair do que acreditamos. Eles podem ser capazes de nos machucar, mas eles não podem causar danos às nossas almas", conclui.
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