Extremistas muçulmanos matam cristãs que recusaram conversão ao islamismo, no Paquistão

Os assassinos eram supervisores das vítimas na empresa onde elas trabalhavam.

Fonte: Guiame, com informações da Morning Star NewsAtualizado: segunda-feira, 11 de janeiro de 2021 às 14:17
O sequestro de mulheres e garotas cristãs, seguido da submissão forçada dessas vítimas ao casamento islâmico forçado tem se tornado um crime frequente no Paquistão. (Foto: AFP)
O sequestro de mulheres e garotas cristãs, seguido da submissão forçada dessas vítimas ao casamento islâmico forçado tem se tornado um crime frequente no Paquistão. (Foto: AFP)

A polícia de Lahore, Paquistão, recuperou na segunda-feira da semana passada (4), os corpos de duas irmãs cristãs cujos supervisores muçulmanos as pressionaram a se converter ao islamismo antes de matá-las, disseram fontes.

Mushtaq Masih disse que a polícia o informou em 4 de janeiro que os policiais encontraram os corpos (já em estado de decomposição) de sua esposa de 28 anos, Sajida Mushtaq e a irmã dela, Abida Qaiser, amarrados e empacotados em sacos em uma vala de drenagem da área. Sajida Mushtaq, mãe de quatro filhos, e Qaiser estavam desaparecidas desde 26 de novembro.

“Minha esposa sempre reclamava do assédio de seus supervisores, mas ela costumava me dizer que estava lidando bem com a situação”, disse Masih ao Morning Star News. “Depois que ela desapareceu, um de meus parentes compartilhou conosco que Sajida havia confidenciado a ela que seus supervisores, Muhammad Mumtaz e Naeem Butt, costumavam pressionar a ela e a Abida a se converterem ao Islã e se casarem com eles”.

Trabalhador católico de saneamento em um centro comercial local, Masih disse que sua esposa e sua cunhada começaram a trabalhar em uma fábrica farmacêutica há mais de dois anos. As irmãs foram às compras na noite de 26 de novembro e, quando não voltaram para casa, Masih e outros parentes registraram um Relatório de Primeira Informação na delegacia de Kahna Nau após procurá-las, disse ele.

O oficial investigador do caso, Iftikhar Hussain, disse que os policiais levaram Mumtaz e Butt sob custódia depois que parentes das irmãs o informaram que Mumtaz costumava pressionar as duas mulheres a se casarem com ele e que os dois suspeitos confessaram tê-las matado.

“Durante o interrogatório, Naeem confessou que eles haviam sequestrado as irmãs e, depois de mantê-las como reféns por alguns dias para satisfazer os desejos sexuais deles, cortaram suas gargantas e jogaram seus corpos no ralo”, disse Hussain ao Morning Star News.

Dor e luto

Masih disse que sua família ficou arrasada quando a polícia os informou sobre a recuperação dos corpos, cujas mãos e pés estavam amarrados.

“Tenho três filhos e uma filha, o mais velho com 11 anos e o mais novo com 5, enquanto Abida tem apenas uma filha, com 9 anos”, disse Masih ao Morning Star News. “Você pode imaginar o trauma emocional e mental que nossos filhos e todos os outros membros da família estão sofrendo desde que Sajida e Abida desapareceram. Quando a polícia nos informou que havia identificado os dois corpos como sendo de nossas entes queridas, parecia que nosso mundo inteiro havia desmoronado”.

Sajida Mushtaq foi uma das irmãs assassinadas por seus supervisores, extremistas muçulmanos, que tentaram forçá-la junto à sua irmã, a se converterem ao islamismo e se casarem com eles. (Foto: Morning Star News)

Masih e outros parentes foram chamados a reconhecer os corpos gravemente decompostos.

“Ainda não consigo imaginar o local onde vi o corpo de minha esposa em decomposição”, disse ele.

O Ministro das Minorias e Direitos Humanos da Província de Punjab, Ejaz Alam Augustine, disse que visitou as famílias em sofrimento com as perdas.

“Nenhuma palavra é suficiente para condenar a barbárie infligida às duas mulheres inocentes”, disse ele, acrescentando que instruiu a polícia a garantir que os criminosos e todos os que facilitaram o crime sejam punidos.

O ministro disse que o número crescente de conversões forçadas de mulheres e meninas cristãs em Punjab é uma tendência perigosa e que o governo está elaborando uma legislação para criminalizá-las.

“Enviamos um projeto de lei ao ministério provincial de direito para avaliação. Será apresentado na Assembleia do Punjab após a evolução do consenso de todos os partidos políticos”, disse ele.

Augustine acrescentou que o consenso sobre a legislação era necessário para garantir sua aprovação unânime, caso contrário, ela fracassaria.

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