Hezbollah treina cristãos para lutarem contra o Estado Islâmico, no Líbano

De acordo com relatos, o Hezbollah não força a conversão de seus aliados ao Islã. "Eles nos aceitam como somos. Eles não nos impõem nada”, afirma cristão.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: segunda-feira, 11 de maio de 2015 às 20:18
Combatentes do Hezbollah. (Reuters)
Combatentes do Hezbollah. (Reuters)

 

O grupo xiita iraniano Hezbollah, classificado por muitos anos pela inteligência dos EUA como uma organização terrorista, agora está treinando cristãos para lutar contra o Estado Islâmico no Líbano, de acordo com fontes libanesas.

As milícias estão sendo formadas por cristãos de aldeias do Vale de Bekaa, no Líbano. De acordo com Rifit Nasrallah, um dos militantes cristãos, o Hezbollah é o único grupo muçulmano que apoia os crentes. "Estamos em uma situação muito perigosa. As únicas pessoas que estão nos protegendo são a resistência do Hezbollah. O único que está com o exército é o Hezbollah. Não vamos escondê-lo mais."

Nasrallah afirma que o Hezbollah não força a conversão de seus aliados ao Islã. "Eles nos aceitam como somos. Eles não nos impõem nada. Quando há algum evento, eles vêm para o aniversários dos nossos filhos. As pessoas aqui aceitam que o Hezbollah venha e ajude."

Vantagens políticas

A aliança entre cristãos e muçulmanos é improvável, no entanto, traz benefícios políticos ao Hezbollah. Proteger a região do Vale de Bekaa é uma prioridade para o grupo, pois perdê-la para o EI colocaria as cidades xiitas vizinhas sob ameaça direta.

Como resultado, o Hezbollah tem investido fortemente no relacionamento com os cristãos. Ano passado o grupo treinou cristãos na Síria para lutar ao lado deles contra o EI, pagando salários aos crentes semelhante ao de outros membros do grupo.

"Não estamos falando de uma ameaça, estamos falando de uma agressão real que existe toda hora, todo dia, toda noite", disse o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah. 

O jornal The Times of Israel informou, em março, que o Irã e o grupo Hezbollah foram retirados da lista de ameaças terroristas contra os EUA, como resultado de sua atual campanha contra o EI.

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