Uma pequena igreja cristã no sudoeste de Bangladesh, na Ásia, foi atacada e destruída por radicais budistas duas vezes no mês passado, depois que os fiéis se recusaram a deixar a fé cristã e se reconverterem ao budismo.
De acordo com relatórios locais, a Bangladesh Bawn Tribal Baptist Church, na aldeia de Suandrapara, no distrito montanhoso de Rangamati, foi atacada em 15 de julho e novamente em 22 de julho. Os radicais budistas liderados por Joan Chakma, líder da Frente Democrática do Povo Unida (UPDF), um grupo político local, quebraram o portão da igreja e a cruz e danificaram paredes, o telhado e a porta.
O ataque aconteceu após semanas de ameaça contra os cristãos. Os radicais afirmaram que destruiriam a igreja e os membros caso eles mesmo não derrubassem o templo. Porém, os cristãos se recusaram a abandonar sua fé.
“Os radicais nos disseram para destruir a igreja, mas não o faremos”, disse Tubel Chakma Poran Adetion, pastor assistente da igreja, à Asia News.
“Se tivermos que sacrificar nossas vidas, nós iremos. Eles nos ameaçaram de voltar à nossa velha religião, mas não vamos voltar. Jesus Cristo é nosso salvador. Nós vamos morrer por Ele”, declarou o pastor.
Apesar das ameaças da maioria budista, a congregação continuou se reunindo diariamente. Os crentes receberam um prazo de sete dias para cancelar todas as atividades da igreja e se reconverterem ao budismo. Os membros da igreja são ex-budistas que encontraram Jesus em 2005.
Após o ataque, os perseguidores ainda ameaçaram a consequências piores caso a igreja denunciasse o incidente à polícia ou à mídia. O pastor Tubel explicou que não denunciou o crime às autoridades por razões de segurança.
“Somos uma minoria e os budistas podem fazer qualquer coisa contra nós. Queremos paz conversando com eles”, disse o líder.
O Reverendo Leor P. Sarker, secretário geral da Bangladesh Baptist Church Fellowship (BBCF), uma organização protestante em Bangladesh, afirmou que os líderes cristãos estão preocupados com a Igreja no distrito de Ranfamati.
“Estamos preocupados com nossos membros. São cerca de 50. Eles vivem com medo. A maioria deles está ficando longe de suas casas para proteger suas vidas após o ataque. Estamos orando pelos agressores, para que mudem sua forma de pensar e deixem nosso povo viver em paz”, disse.
Blangadesh está no 31° lugar na lista, de 2021, de países que mais perseguem cristãos da Missão Portas Abertas. No país, muitos crentes se reúnem em igrejas secretas por medo de ataques.
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