Iranianos se reúnem escondidos todas as noites para a Ceia: “Pode ser nossa última vez”

Pastor relata os perigos que iranianos correm no país ao se tornarem cristãos.

Fonte: Guiame, com informações do God ReportsAtualizado: sexta-feira, 14 de maio de 2021 às 14:54
Membros da Igreja Perseguida no Irã adoram escondidos. (Foto: Reprodução / God Reports)
Membros da Igreja Perseguida no Irã adoram escondidos. (Foto: Reprodução / God Reports)

Os cristãos evangélicos iranianos arriscam suas vidas para estabelecer e fazer crescer igrejas domésticas, mesmo em face aos perigos enfrentam, já que a igreja sofre forte perseguição no país, com a prisão e tortura de .

Em uma atualização recente do ministério Iran Alive Ministries, o Pr. Hormoz Shariat disse que “se um membro da igreja for preso, ele enfrentará tortura e até a morte porque confessou a Cristo”.

“Mas, se um líder for preso, toda a comunidade da igreja estará em risco. Se eles cederem sob pressão e renunciarem aos nomes de outras pessoas associadas à igreja, não há garantia de que nenhuma de suas vidas será poupada”, continua.

“Então você pode imaginar como me senti quando soube que um de nossos líderes foi preso. Eu sabia que todas as suas vidas estavam em perigo. Eu sabia que a rede clandestina de igrejas domésticas que trabalhamos tanto para estabelecer por vários anos poderia ser destruída da noite para o dia e pessoas - cristãos fiéis - poderiam morrer”, declarou.

Com a prisão do pastor, os membros da igreja que foram deixados falaram sobre suas reações diante do ocorrido.

O Pr. Shariat perguntou se eles estavam com medo de toda aquela perseguição. Eles agradeceram a preocupação do pastor e disseram que “todos nós estamos orando e jejuando todos os dias por nosso irmão capturado”.

“Todas as noites, nos reunimos em um local seguro para orar e encorajar uns aos outros. Depois de fazermos uma refeição juntos e quebrarmos nosso jejum, adoramos, oramos e tomamos a Ceia”, explicaram.

Encorajamento mútuo

O Pr. Shariat conta que ficou emocionado ao ver que, em vez de se espalharem, eles escolheram se reunir para encorajar uns aos outros. No entanto, ele estava intrigado com a comunhão diária deles. "Por que vocês comungam todas as noites?". A resposta deles revelou uma realidade profunda sobre a comunhão:

“Estamos em comunhão diária para lembrar o que Jesus fez por nós. Ele nos amou tanto que morreu por nós com alegria (Hebreus 12:2). E somos chamados a participar não apenas de Sua Glória, mas também de Seu sofrimento (Romanos 8:17). Quando comungamos, nos lembramos das palavras de Jesus: 'Digo-vos que não beberei deste fruto da videira desde agora até aquele dia, quando o beber novo convosco no reino de meu Pai' (Mateus 26:29, NVI)”, explicaram.

Eles disseram ainda que essa palavra de Jesus os encoraja muito porque, “ao comungarmos, também dizemos: 'Esta pode ser também a nossa última comunhão. Se for assim, não nos preocupamos porque faremos a próxima comunhão com Jesus no Céu. 'Com o coração de agradecimento, lembramos o fato de que Ele morreu por nós, mas também renovamos nossa aliança com Ele, professando que somos desejando viver e morrer por Ele também.”

O Pr. Shariat se mostrou admirado com a coragem eles têm e de quão profundo é o seu entendimento da cruz e da fé cristã.

Shariat disse que os cristãos ao tomarem a ceia deem se lembrar do testemunho acima. “A comunhão é mais do que simplesmente lembrar que Jesus morreu por você, é também renovar sua aliança com o próprio Jesus. Professe junto com a igreja perseguida que você está disposto a viver para ele”, disse.

“Você pode não ter sido chamado para pagar o preço mais alto dando sua vida por Cristo. Você pode não correr o risco de ser preso, encarcerado e torturado por Sua causa. Mas você e todos nós somos chamados a sacrificar nosso tempo, talentos e tesouros para o avanço de Seu reino”, declarou.

O Pr. Shariat agradeceu a todos que apoiam a igreja perseguida no Irã “por meio de suas orações e doações sacrificiais. Sem você, não poderíamos - e não podemos - realizar este ministério incrível. Nós e a igreja perseguida no Irã dependemos de suas orações e doações financeiras para sobreviver”.

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