Jovem síria tem visão de Jesus durante perseguição muçulmana: “Não tenha medo”

Sozan vivia apavorada com medo dos bombardeios em sua cidade e pela perseguição que passou a sofrer após conversão ao cristianismo.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quarta-feira, 16 de setembro de 2020 às 17:43
Sozan não se arrepende de ter se convertido ao cristianismo, apesar da perseguição que sofre em sua comunidade. (Foto: Open Doors Reino Unido e Irlanda)
Sozan não se arrepende de ter se convertido ao cristianismo, apesar da perseguição que sofre em sua comunidade. (Foto: Open Doors Reino Unido e Irlanda)

O medo é muito familiar para Sozan, de 22 anos. Ela passou a ter esse sentimento quando as bombas começaram a cair perto de sua casa no noroeste da Síria, o que fazia todo o prédio onde ela morava com sua família tremer.

Todas as vezes que isso acontecia, Sozan conseguia encontrar refúgio nas casas de outros cristãos em Qamishli, sua cidade natal na fronteira com a Turquia.

A Alliance Church, apoiada pela Portas Abertas, transformou-se em um centro de esperança para apoiar os cristãos perseguidos e pelas pessoas necessitadas, como era o caso de Sozan.

Era outubro de 2019, Sozan estava tremendo, aninhada com sua família em sua casa com medo das forças turcas que estavam bombardeando Qamishli como parte de seus esforços para estabelecer uma “zona segura”, um corredor de 30 quilômetros livre da milícia curda ao longo da fronteira nordeste da Síria com a Turquia.

"Estávamos com tanto medo", disse Sozan. “Orávamos muito. Ouvimos sons de explosões. Duas bombas caíram perto de nossa casa”, conta.

"Enquanto isso acontecia, Hannan, a esposa do pastor de nossa igreja, nos chamou e nos ofereceu para ir à sua casa, que era mais segura", lembra.

A família esperou uma pequena pausa no bombardeio para correr de sua casa para a casa do pastor. "Corremos para fora de nossa casa e vimos mais pessoas fugindo", disse Sozan.

"Ficamos com a família do pastor até que o bombardeio parou e foi mais seguro voltar para casa", conta.

Mas não foram apenas os bombardeios que colocaram a vida de Sozan em perigo. Mesmo antes disso, ela teve que fugir para salvar sua vida, após se converter ao Cristianismo do Islã.

“Depois que minhas irmãs e eu nos tornamos cristãs e começamos a frequentar a igreja, as pessoas da vizinhança começaram a falar negativamente sobre nós”, disse ela.

"Um dia, acho que cerca de seis semanas após minha conversão, eu estava com minha irmã Arya. Um grupo de homens muçulmanos veio nos ferir. Disseram que tínhamos má reputação e que devíamos ser mortas. Nós estávamos chorando com muito medo”, conta Sozan.

Visão de Jesus

“Mas então Jesus apareceu para mim. E me disse: 'Não tenha medo.' De repente, o povo se desculpou e foi embora. Isso só poderia ter sido obra de Deus", testemunha.

Ter se tornado cristãos também fez com que Sozan e sua irmã fossem condenadas ao ostracismo pela comunidade muçulmana.

"As pessoas não queriam mais ter contato conosco", disse Sozan. “Elas não falavam com a gente. Era como se não existíssemos”.

"Mais tarde, alguns muçulmanos procuraram nosso pai. Disseram que nós, como suas filhas, tínhamos má reputação e que deveríamos ser mortas; que nosso pai deveria cuidar para que essa vergonha fosse lavada", diz.

Por essa situação as irmãs foram forçadas a fugir de Qamishli e, novamente, a igreja as ajudaram a encontrar um lugar seguro para ficar.

Sozan agora vive em sua cidade natal, Qamishli, mas ela ainda ora por proteção toda vez que sai de casa.

Em todas essas situações angustiantes, Sozan diz que não sabe onde estaria sem a Alliance Church. "Estávamos em uma situação terrível", disse ela.

"A vida para nós era um inferno antes de virmos para Jesus. Era como viver em uma floresta cheia de monstros. Mas durante o horror, a igreja ficou conosco. Recebemos ajuda humanitária e abrigo quando enfrentamos perseguição”, conta.

"Deus disse a Seus filhos para ajudarem outros como nós. Por meio disso, sentimos que Deus está conosco, que Ele não está nos deixando de jeito nenhum", acredita Sozan.

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