Daniel é um líder cristão iraquiano, de 32 anos, que fez uma observação sobre a Igreja em seu país: “Nossa existência está ameaçada. Muitos dos jovens só pensam em sair do Iraque”.
Ele explica que, assim como ele, outros líderes cristãos lutam para que os jovens permaneçam e ajudem a construir um novo futuro tanto para a igreja, como para a sociedade.
Conforme a Portas Abertas, as oportunidades profissionais no exterior são mais vantajosas tanto para ele como para os jovens de sua igreja. “No entanto, ele acredita que a presença cristã no Iraque depende da nova geração ficar no país”, disse a organização em seu site.
“Estamos trabalhando muito para preservar nossa existência. Meu grande sonho é que os jovens fiquem e tornem-se sal e luz neste país. Precisamos deles no futuro para levar nossa comunidade a um lugar melhor”, destacou Daniel.
Situação do país
Infelizmente, conforme destaca a Portas Abertas, em países como Iraque e Síria, a presença dos jovens está cada vez menor. Ambas as nações foram destruídas pela invasão do Estado Islâmico, enfrentam uma crise econômica severa e, no caso da Síria, houve ainda terremotos em fevereiro de 2023.
A cidade iraquiana de Mossul, por exemplo, dominada durante anos pelo Estado Islâmico, completou seis anos de libertação no último domingo (09). A presença e os vestígios dos extremistas permanecem desafiando a Igreja a se reerguer e sobreviver à perseguição.
“Uma das coisas principais em que estamos focando é despertar novos líderes de jovens para a comunidade. Para que exijam seus direitos, lutem por sua comunidade e resolvam os muitos problemas que ela enfrenta”, relacionou Daniel.
‘Queremos fortalecer a igreja e o que resta’
Um dos desafios atuais da Igreja no Iraque é manter os jovens para que ajudem a reconstruir a nação.
Porém, como explica o diretor de campo, Thomas (nome fictício por motivos de segurança): “A maioria deles só continua na região por falta de opção, seja porque a Europa fechou as fronteiras, porque não têm dinheiro ou porque têm responsabilidades com os pais”.
“A maioria não tem um futuro brilhante aqui e eles sabem disso. Precisamos investir nos que ficam. Eles precisam crescer em fé para sobreviver à desesperança e à falta de perspectiva”, disse.
“Queremos fortalecer a igreja e o que resta, para que o testemunho de Cristo permaneça e o Evangelho avance”, concluiu.
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