Mais três missionários sequestrados por uma gangue no Haiti foram libertados, após quase dois meses do rapto. O anúncio foi dado pelo grupo dos cristãos, a Christian Aid Ministries, neste domingo (5).
"Estamos gratos a Deus por mais três reféns terem sido libertados ontem à noite. Aqueles que foram libertados estão seguros e parecem estar de bom humor”, afirmou.
A identidade dos três missionários libertados não foi divulgada, assim como se algum resgate foi pago. Em novembro, outros dois missionários foram libertados pela gangue haitiana.
De acordo com a Aid Ministries, os outros 12 missionários ainda permanecem em cativeiro. Nesta segunda-feira (6), a missão pediu oração e jejum, pelos próximos três dias, por aqueles que ainda estão reféns da gangue 400 Mowozo.
“Por favor, continuem a interceder por aqueles que ainda estão detidos. Bem como aqueles que foram libertados”, disse.
Entenda o caso
Os 17 missionários e suas famílias foram sequestrados pela gangue 400 Mawozo em Porto Príncipe, no dia 16 de outubro. O sequestro aconteceu após o grupo deixar um orfanato situado a 30 km da capital haitiana.
Segundo a CNN Internacional, o grupo sequestrado é formado por cinco homens e sete mulheres, entre 18 e 48 anos, e cinco menores, entre 8 meses e 15 anos. Entre os cristãos, 16 são americanos e um é cadanense.
Wilson Joseph, o líder da gangue 400 Mawozo, ameaçou matar os reféns caso o resgate de 95 milhões de reais não fosse pago. No dia 9 de novembro, um alto funcionário do governo Biden disse que havia evidências de que alguns estariam vivos.
Os missionários do Christian Aid Ministries atuavam em todo o Haiti, ajudando crianças em idade escolar, distribuindo Bíblias e literatura cristã, fornecendo remédios, capacitando pastores haitianos e doando alimentos para idosos e vulneráveis.
Nos últimos meses, o grupo também trabalhava num projeto para reconstruir casas destruídas pelo terremoto, que atingiu o Haiti em agosto.
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