Mais um cristão foi morto por militantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na região do Sinai, no Egito.
Nabeel Saber Fawzi, de 40 anos, foi assassinado por extremistas em Alarixe, na província do Sinai do Norte, para onde sua família e muitos outros cristãos fugiram em fevereiro, após uma onda de assassinatos na cidade.
Segundo a organização International Christian Concern, Nabeel retornou à cidade para reabrir sua barbearia, deixando sua esposa e seus dois filhos em Porto Said, porque não conseguir encontrar trabalho lá.
"Ele estava abrindo sua barbearia de vez em quando, nos últimos dez dias. No sábado, 6 de maio, quatro homens mascarados invadiram sua loja e dispararam contra ele na cabeça, resultando em sua morte imediata", disse um parente da vítima a International Christian Concern.
O Estado Islâmico e outras organizações terroristas afiliadas foram responsáveis por dezenas de assassinatos com o objetivo de expulsar os cristãos que vivem no norte do Sinai. Fawzi foi a oitava vítima em Alarixe este ano.
Além disso, o ano foi marcado pelo bombardeio de duas igrejas em abril, que deixou pelo menos 45 mortos e 126 feridos.
"Estamos profundamente preocupados com a situação no Egito. Este ano já foi muito difícil para os cristãos egípcios, especialmente os que foram deslocados pelos assassinatos de Alarixe e aqueles que foram afetados pelos bombardeios", disse William Stark, gerente regional da ICC.
Stark conta que muitas famílias cristãs que foram deslocadas de Alarixe encontram-se em situações semelhantes a de Nabeel.
"Longe de suas casas e de seus meios de sustento, muitos estão encontrando dificuldades para se manterem. Deve ser feito mais pelas autoridades do Egito para enfrentar o EI e garantir proteção às comunidades cristãs em todo o Egito. Até lá, provavelmente iremos continuar vendo ataques contra os cristãos e seus locais de culto", lamentou Stark.
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