Idealizado pelo apóstolo Joel Engel, o Projeto Daniel pretende minimizar os problemas da desnutrição e falta de assistência médica, além de levar educação e ensino bíblico às crianças da África.
As comunidades africanas irão contar com creches, escolas e tratamentos de suplementação alimentar através de uma parceria com o Doutor José Valdaí de Souza, especialista em cirurgia geral e biologia molecular que atua em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Em entrevista ao Guiame, o médico revelou que o maior objetivo de sua equipe é corrigir as deficiências das células. “Nosso propósito não é resolver todos os problemas de saúde da África, mas conhecer as necessidades de cada região, fazer um diagnóstico das deficiências que essas pessoas têm e corrigi-las através da alimentação”, disse Souza.
O cardápio será composto por ingredientes comuns, como leites e derivados, por exemplo. No entanto, os alimentos serão corrigidos em uma fábrica especializada para então serem enviados à África. “Nosso objetivo é fazer o diagnóstico das deficiências nutricionais e viabilizar esse processo através da cooperação de empresas”, explica o especialista.
Outro propósito que deverá ser atingido através do Projeto Daniel é o intercâmbio entre médicos africanos e brasileiros. “Muitos brasileiros têm interesse em conhecer as doenças da África, pois as doenças africanas também estão em nosso meio, como por exemplo a aids e o Ebola. É importante também para o médico africano conhecer os avanços no Brasil”.
Para Souza, o apoio da igreja é um dos principais caminhos para que mais tratamentos médicos alcancem a população da África.
“É fundamental, porque tem mais receptividade. Muitos pastores brasileiros estão fazendo um grande trabalho na África. Para isso se concretizar, é preciso ter apoio de igrejas como acontece com o Ministério Engel. Caso contrário, não conseguimos penetrar nesses meios. É preciso que haja um intercâmbio entre a religião e o governo”, avalia o médico.
No futuro, Souza acredita que a medicina molecular poderá trazer ainda mais avanços em regiões mais pobres, como o continente africano. “Vamos descobrir novas drogas e tratamentos, mas se não corrigirmos o essencial, que é a nutrição da célula, teremos poucas respostas”.
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