Na última semana, uma menina de 13 anos foi sequestrada por um muçulmano no Paquistão.
O sequestro ocorreu no dia 13 de março, dois meses depois que o muçulmano disse a Shakeel Masih que ele não podia impedi-lo de levar sua filha, Roshni Shakeel, para casar com Muazzam Mazhar, de 28 anos.
Segundo o pai, a filha rejeitou os avanços de Mazhar antes que ele a sequestrasse de sua casa no distrito de Multan, província de Punjab.
Masih disse que o pai de Mazhar, Mazhar Abbas, ligou para ele da Arábia Saudita e exigiu a mão de Roshni em casamento para seu filho.
“Você tem uma filha linda e seria melhor você mesmo dá-la ao meu filho. Não há nada que vocês possam fazer para nos impedir de levá-la”, disse Abbas a Masih.
No mesmo instante o pai rejeitou a exigência de Abbas, afirmando que sob nenhuma circunstância ele concordaria em casar sua filha com uma família muçulmana, mesmo que ela estivesse em idade de casar.
“Depois disso, parei de atender os telefonemas de Abbas, e isso o ofendeu a ponto de ele encorajar seu filho a sequestrar Roshni e se casar à força com ela”, disse Masih ao Morning Star News.
Dois dias após o sequestro de Roshni, Bilal Hatim — um muçulmano local — disse a Masih que ele deveria perder a esperança de encontrar a filha porque ela havia se convertido ao Islã e se casado com Mazhar.
“Em 15 de março, Bilal Hatim me disse que tinha informações de que Roshni havia se convertido e se casado com Mazhar por vontade própria”, contou Masih.
E continuou: “Ele disse que em vez de desperdiçar dinheiro para encontrá-la, eu deveria considerar chegar a um acordo com a família do acusado para proteger a minha honra. Recusei a oferta, dizendo que queria minha filha de volta a todo custo, mesmo que isso significasse colocar minha honra em jogo. Roshni é apenas uma criança e eu a amo de todo o coração. Como posso abandonar minha própria carne e sangue?”.
Indiferença das autoridades
Masih foi à polícia e relatou o ocorrido. No entanto, as autoridades se recusaram a tomar uma iniciativa sobre o caso.
Então, ele entrou com uma petição no Tribunal Multan do Tribunal Superior de Lahore no dia 18 de março pela recuperação de Roshni.
Através da ação, ele soube que a filha compareceu às sessões do tribunal no mesmo dia e registrou um depoimento, “aparentemente sob coerção severa”, a favor do suspeito.
“Fomos informados apenas verbalmente pela polícia sobre a declaração de Roshni no tribunal”, disse Masih.
“Até o momento não recebi formalmente nenhum documento referente à sua conversão e casamento. Só sei que mostraram que ela tinha 18 anos na certidão de casamento que teria sido documentada em 11 de março, dois dias antes de ela ser levada”, acrescentou.
O cristão afirmou que Abbas planejou o sequestro de sua filha: “O acusado costumava forçar minha filha a fazer amizade com ele, mas ela recusou suas ofertas e me trouxe o assunto ao conhecimento”, disse Masih.
E continuou: “Reclamei várias vezes de seu comportamento, mas em vez de impedi-lo, sua família o encorajou a continuar com os assédios”.
Masih, que trabalha como faxineiro em um restaurante, disse que Roshni parou de ir à escola porque não gostava de recitar o Alcorão, que fazia parte da educação abertamente islâmica da instituição.
“Nunca acreditei que uma menina que não gostava dos estudos do Alcorão tenha subitamente ficado tão interessada nessa fé que se converteu. Sua conversão e casamento são apenas um disfarce para abuso sexual”, afirmou ele.
‘Falta acesso à justiça’
Masih disse que a polícia trabalhou lado a lado com os criminosos:
“A polícia de Sital Mari demonstrou preconceito desde o início do caso. Eu os informei minutos depois do sequestro de Roshni, mas nenhuma ação foi tomada durante horas”.
“Nossos apelos foram ignorados. Foi como se a polícia atrasasse a ação para dar vantagem aos criminosos. A sua conivência no crime se tornou mais evidente quando, após o nosso clamor, prenderam o irmão do acusado, mas o libertaram pouco depois”, acrescentou ele.
O pai informou que a família não vê a menina desde que ela foi levada e espera que o juiz permita um encontro em breve.
“Estou determinado a trazer minha filha de volta, não importa o que aconteça”, disse ele.
O ativista Joseph Jansen relatou que a polícia e outras autoridades no Paquistão facilitam o crime em vez de protegerem as vítimas menores da conversão forçada ao Islã.
“É particularmente angustiante notar o envolvimento e a cumplicidade da polícia e do sistema judicial na facilitação destas atrocidades”, declarou ele.
Jansen explicou que, apesar do quadro jurídico fornecido pela Lei de Restrição ao Casamento Infantil, os funcionários não têm vontade de fazer cumprir tais leis.
“Esta relutância encorajou os perpetradores a continuarem com os seus crimes sob o pretexto do casamento islâmico e da conversão”, disse ele.
“Sem legislação que aborde especificamente as conversões religiosas forçadas e a aplicação adequada das leis nacionais existentes, estas práticas prejudiciais persistirão”, concluiu.
O Paquistão está classificado como o 7º lugar mais difícil para ser cristão no mundo, na Lista Mundial de Observação da Portas Abertas de 2024.
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