Militantes matam mais de 130 pessoas em ataque a vilarejos de Burkina Faso

O país enfrenta uma onda de violência e o governo não consegue conter os incidentes.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 7 de junho de 2021 às 13:52
O governo de Burkina Faso tem encontrado muitas dificuldades para combater a atual onda de violência por militantes islâmicos. (Foto: AFP)
O governo de Burkina Faso tem encontrado muitas dificuldades para combater a atual onda de violência por militantes islâmicos. (Foto: AFP)

Pelo menos 132 pessoas morreram na madrugada do sábado (05), durante um ataque militante em Burkina Faso, na cidade de Solhan, que fica na região norte do país.

Homens armados invadiram vilarejos, produzindo o que o governo já considera o mais violento ataque dos muitos que já ocorrem com maior intensidade desde 2015. 

Na noite da sexta-feira (04), também ocorreu um ataque semelhante em Tadaryat, outro vilarejo na mesma região, onde 14 civis foram mortos.

“Devemos permanecer unidos contra as forças do mal”

O governo de Burkina Faso e os grupos extremistas islâmicos têm enfrentado uma série de conflitos com consequências trágicas. Nos dois casos recém-ocorridos, os militantes entraram nos vilarejos com o objetivo de enfraquecer as forças de defesa governamentais instaladas ali. 

Na sequência, começaram a invadir casas e a matar também os moradores das comunidades. O presidente do país, Roch Kabore, declarou um luto oficial de três dias pelas vítimas e falou à população através de uma rede social: “Devemos permanecer unidos contra as forças do mal”.

Desde meados de maio, o exército nacional tem fortalecido iniciativas armadas para conter a onda de violência. Acredita-se que os ataques sejam um tipo de resposta às medidas de segurança executadas pelo governo federal. 

Sobre os ataques

Apesar da presença de milhares de soldados de paz da ONU, os ataques de jihadistas ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico na região do Sahel na África Ocidental aumentaram drasticamente desde o início do ano, especialmente em Burkina Faso, Mali e Níger, com civis sofrendo as consequências.

De acordo com informações da CNN, em maio, dois jornalistas espanhóis e um cidadão irlandês em uma patrulha anti-caça clandestina foram mortos após serem sequestrados em um parque nacional perto da fronteira de Burkina Faso com Benin.

A violência no Burkina Faso deslocou mais de 1,14 milhão de pessoas em pouco mais de dois anos, enquanto o país pobre e árido acolhe cerca de 20 mil refugiados do vizinho Mali.

Ainda não há notícias se os ataques tinham cristãos como alvo, ou se famílias cristãs foram atingidas pela ação violenta no último final de semana. De acordo com a Portas Abertas, o país ocupa o 32º lugar na Lista Mundial da Perseguição de 2021.

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