Missionários brasileiros relatam experiência no Nepal: “pavor muito grande”

Os missionários contam que não tiveram apoio do governo brasileiro para antecipar a saída do Nepal. Depois do terremoto, tiveram que esperar nove dias para deixar o país, na data que já haviam comprado passagens para a volta.

Fonte: Guiame, com informações de G1Atualizado: sexta-feira, 8 de maio de 2015 às 00:36
O terremoto que ocorreu no Nepal, no último mês, foi o pior registrado em 80 anos.
O terremoto que ocorreu no Nepal, no último mês, foi o pior registrado em 80 anos.

 

Um grupo de missionários brasileiros ainda se recupera do susto do terremoto no Nepal. No dia da catástrofe, o grupo estava indo em direção ao distrito de Navalparacy, a 200 quilômetros de distância de Katmandu, epicentro do terremoto, e de lá sentiram os tremores.

“Nós entramos no restaurante para comer e quando estávamos sentados, sentimos a terra tremer e a parede se abalar. Não tivemos reação. As pessoas começaram a gritar é terremoto. E nós levantamos, correndo para sair do local que tinha prédios para não cair nada sobre nós.”

Depois do susto vieram as dificuldades. Os missionários contam que não tiveram apoio do governo brasileiro para antecipar a saída do Nepal. Depois do terremoto, tiveram que esperar nove dias para deixar o país, na data que já haviam comprado passagens para a volta.

Na terça-feira (5) o grupo, que vive em Itaquaquecetuba, retornou ao Brasil com uma sensação de alívio. “Quando eu coloquei os pés em terras brasileiras, eu senti aquela emoção, aquela vontade de ver minha família porque veio o susto. Porque até aqui o Senhor nos ajudou”, disse o missionário Adilson Macedo.

Missão no Nepal

O motivo da viagem foi uma missão para a inauguração de uma igreja evangélica no Nepal. O país tem como religião principal o hinduísmo. Apesar das lembranças de muito sofrimento, um momento feliz no meio da tragédia foi o dia da inauguração da igreja com os nepalenses.

“Quando chegamos na inauguração esse sentimento foi mudado. Porque houve uma presença de Deus muito grande”, afirmou a missionária Roseli Liberato. “Não passou pela minha cabeça a forma que iríamos sair daquele lugar e o que iria acontecer. É um desespero e pavor muito grande”,  contou a pastora Eleonor Nascimento.

Mesmo tendo mantimentos na cidade em que estavam, o medo e a preocupação acompanharam os missionários durante o tempo em que estiveram por lá. “A sensação é de pavor. Nós dormimos no terceiro andar de um hotel e por várias vezes o hotel chegava a balançar. A gente tinha que correr para o térreo. Então, a nossa opção foi dormir ao relento do lado de fora do hotel”, contou o missionário Adilson Silva.

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