Muçulmanos radicais impediram uma igreja protestante de cultuar na semana passada e ameaçaram os membros, em Bandung, na Indonésia.
De acordo com a International Christian Concern (ICC), um vídeo viral nas redes sociais mostrou um grupo de islâmicos cercando o prédio onde a HKBP Church (Huria Kristen Batak Protestant) Betania Rancaekek se reúne e pendurando uma faixa na fachada da igreja, dizendo: “Pare o plano ilegal de culto HKBP na loja da Maris Square! Ou vamos agir”.
A igreja HKBP Betania Rancaekek, fundada em 1999, tem lutado para ganhar uma licença para construir seu templo próprio. Na Indonésia, um país de maioria muçulmana, é necessário uma licença do governo para as igrejas se reunirem e construírem templos.
Muitas vezes, as licenças são negadas às igrejas com o objetivo de impedir os cristãos de adorarem.
“Muitas vezes, as igrejas estão sujeitas injustamente às leis de harmonia religiosa da Indonésia, que exigem que várias condições sejam cumpridas para adorar legalmente; essas condições geralmente estão sujeitas ao consentimento de maiorias muçulmanas relutantes”, explicou Gina Goh, gerente regional da (ICC) no Sudeste Asiático.
Em 2015, a Betania Rancaekek começou a trabalhar para obter uma permissão das autoridades locais e dos moradores a fim de se reunir no prédio de uma loja, localizado na Maris Square. A igreja conseguiu a aprovação de 85 moradores e do chefe da vila, que assinaram um documento registrando seu apoio.
Entretanto, o líder distrital e o Comando Distrital Militar local não assinaram a permissão e o grupo islâmico radical Forkomi fechou o prédio à força para que a igreja não pudesse se reunir. Desde então, a HKBP tem batalhado pelo direito ao culto com os órgãos governamentais.
Enquanto resolviam a questão da permissão, a congregação planejava se reunir no prédio para adorar no domingo (27), mas foram impedidos após o protesto dos Forkomi e de outros moradores radicais no dia 23 de março.
“A igreja agora planeja retomar seu culto após o mês do Ramadã. Eles consultarão o líder distrital antes de me enviarem uma carta formal solicitando assistência jurídica”, afirmou um advogado cristão ao ICC.
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