Mulheres refugiadas sofrem frequentes abusos sexuais nos abrigos da ONU

Gangues islâmicas trouxeram, aos campos de refugiados, práticas como a "repressão para que as pessoas participem de grupos terroristas como o Estado Islâmico, o conflito entre as milícias da guerra civil e a venda de mulheres como escravas sexuais".

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: sexta-feira, 23 de outubro de 2015 às 12:46
Mulheres refugiadas da Síria e do Iraque tem sido submetidas a abusos sexuais dentro dos campos. (Foto: AFP)
Mulheres refugiadas da Síria e do Iraque tem sido submetidas a abusos sexuais dentro dos campos. (Foto: AFP)

Mesmo dentro dos campos de refugiados, os cristãos continuam sendo alvo de ataques. Dessa vez, os supostos responsáveis são as gangues islâmicas e os militantes sírios, que foram se infiltraram entre as pessoas deslocadas pela guerra no Oriente Médio.

A organização Christian Aid Mission relatou que as gangues islâmicas trouxeram, aos campos de refugiados, práticas como a "repressão para que as pessoas participem de grupos terroristas como o Estado Islâmico, o conflito entre as milícias da guerra civil e a venda de mulheres como escravas sexuais".

"As gangues muçulmanas vêm como refugiados, mas eles têm suas agendas", disse o diretor da organização, cujo nome não foi divulgado por razões de segurança. "Eles são como uma máfia. Mesmo que as pessoas estejam morrendo dentro dos campos, os refugiados têm medo de dizer se viram alguém sendo morto. Se você perguntar, eles vão dizer: 'Eu não sei, eu estava dormindo'".

"A última vez que entrei num campo, eu fui com um policial. Os acampamentos são perigosos porque têm militantes do EI, as milícias iraquianas e as milícias sírias. É um outro lugar para gangues atuarem. Eles estão matando dentro dos campos, eles estão comprando e vendendo mulheres e até mesmo as adolescentes", continuou.

Dentro dos campos, militantes do EI pressionam os refugiados a jurar fidelidade ao califado — caso contrário, são mortos. As quadrilhas também executam os convertidos ao islamismo que não são sinceros com sua religião.

Mulheres refugiadas da Síria e do Iraque tem sido submetidas a abusos sexuais dentro dos campos.

O Milagre da Conversão

Recentemente, o diretor do ministério compartilhou uma história em que um terrorista do norte da Síria chegou a um dos campos de refugiados da Jordânia com a intenção de matar os funcionários cristãos daquele lugar, mas abandonou seus planos depois de ouvir o Evangelho e "testemunhar o amor dos cristãos".

"Ele viu pela primeira vez como o Islã fez uma lavagem cerebral nele sobre o cristianismo e como a visão do Estado Islâmico contrastava com a realidade que ele viu sobre os cristãos", disse o diretor. "E nós estamos falando de uma área da Jordânia que tem três mesquitas Salafistas [ramo estreito fundamentalista do islamismo sunita]. Eles convocam as pessoas a ir e lutar".

O militante estava aparentemente tão entusiasmado com sua nova fé que o diretor teve que "acalmá-lo", porque ele começou a receber ameaças de outros jihadistas que queriam matá-lo em razão de sua conversão ao cristianismo.

Fuga ou morte

Desde que o Estado Islâmico conquistou grandes áreas do Iraque e da Síria, milhares de cidadãos foram forçados a se abrigar em campos de refugiados. 

Cerca de 20% dos refugiados sírios, conforme levantamento feito até a atual data, estão vivendo em campos com pouca proteção, segundo o ministério Gospel Heard.

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