Em mais um caso de perseguição religiosa, um pastor e membros de sua família foram espancados por uma multidão de 100 pessoas, em um vilarejo remoto no distrito de Kabirdham, no estado de Chhattisgarh, na Índia, neste domingo (29).
De acordo com o jornal local New India Express, os agressores invadiram a casa do pastor Kawalsingh Paraste, de 25 anos, enquanto realizava um culto doméstico. A multidão atacou o líder e seus familiares, incluindo mulheres, gritaram slogans contra a conversão dos cristãos e fugiram.
"De acordo com as informações preliminares, uma multidão de mais de 100 pessoas invadiu sua casa e supostamente danificou artigos de adoração e utensílios domésticos, além de rasgar as escrituras", afirmou o superintendente da polícia de Kabirdham, Mohit Garg.
Segundo Garg, o caso está sendo investigado e ações serão tomadas. Já o presidente do Fórum Cristão de Chhattisgarh, Arun Pannalal, revelou que o governo estadual e a polícia não tomam as medidas cabíveis em casos de perseguição contra cristãos.
“Essa é uma tendência muito perigosa, que se tornou predominante no estado e o governo não conseguiu impedir isso. Estamos sofrendo com a impotência deste governo”, denunciou Pannalal.
E acrescentou: “Nos últimos 15 dias, pelo menos 10 desses ataques ocorreram em nossos locais religiosos em todo o estado, mas em nenhum dos casos a polícia tomou qualquer ação. Queremos apenas justiça. A ocorrência repetida de tais incidentes indica que o governo está favorecendo aqueles que estão envolvidos no vandalismo".
Arun Pannalal também afirmou que, recentemente, líderes de várias denominações do estado se reuniram em Bilaspur e decidiram criar um esquadrão para fazer a segurança dos locais de culto.
Além disso, o Fórum Cristão vai abrir um Processo de Interesse Público (PIL) na Suprema Corte, denunciando com evidências o descaso e a negligência da polícia em casos de ataque a igrejas cristãs em Chhattisgarh.
A Índia ocupa o 10° lugar na lista de mais países perseguidos da Missão Portas Abertas.
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