Na Malásia, homem cria igreja exclusiva para pessoas pobres e marginalizadas

Aceitei esse desafio por causa de minha experiência pessoal, disse evangelista que foi liberto dos vícios.

Fonte: Guiame, com informações do Malaysia TodayAtualizado: quarta-feira, 26 de dezembro de 2018 às 16:57
Mark Mathew ao centro de camisa vermelha e os membros da “igreja dos pobres” fundada por ele. (Foto: Reprodução/ Malaysia Today)
Mark Mathew ao centro de camisa vermelha e os membros da “igreja dos pobres” fundada por ele. (Foto: Reprodução/ Malaysia Today)

Mark Mathew é um empresário que se tornou evangelista e decidiu investir seu próprio dinheiro e tempo trabalhando em comunidades marginalizadas nos últimos 37 anos. Desta vez, o investimento se tornou uma igreja em Kulai, Malásia, que Mark construiu exclusivamente para servir às pessoas pobres e marginalizadas, assim como ele um dia foi.

“Geralmente os pobres e necessitados são postos de lado, mesmo nas igrejas”, disse o homem de 66 anos, que classificou sua nova empreitada na comunidade de Orang Asli como “desafio”. Mark acredita que os marginalizados são privados de muitas coisas na vida, ignorados e discriminados devido à sua situação precária. 

“Aceitei esse desafio por causa de minha experiência pessoal”, diz ele, referindo-se aos seus próprios vícios passados. “Eu sei que Deus pode levantar alguém que se volte para ele com sinceridade”. Ações como as realizada por Mark tem feito o evangelho crescer na Ásia, apesar de toda a perseguição e oposição no continente. 

Alcoólatras e drogados 

O público da igreja frequentada por Mark tem o perfil de pessoas que, segundo ele, não são muito aceitas na sociedade. “Há alcoólatras e viciados em drogas. Alguns são pequenos criminosos porque ficaram presos em uma comunidade que tem muitos desses problemas”, explica o evangelista liberto dos vícios

Sua igreja funciona de forma diferente das “igrejas normais” que dependem do apoio financeiro de seus membros para a administração e pagamento dos salários dos funcionários. A congregação criada por Mark conta com o trabalho voluntário de quatro famílias, que a administra e ajuda nas demais atividades. “Todos nós gostamos de resolver desafios”, afirma. 

Mark diz que tudo é feito de forma simples. Eles não têm funcionários nem pastores pagos, tudo é feito de forma voluntária. “Usamos o que temos de recursos próprios para manter a igreja funcionando, conduzindo nossos serviços da maneira mais simples”. 

Comida para os fieis 

Um exemplo dessa condição é que Mark e os voluntários se encarregam de levar as pessoas à igreja. “Temos que pegar cada pessoa, trazê-la para a igreja e depois levá-la de volta”, disse o evangelsita, que também serve alimento após cada culto a cerca de 100 pessoas por semana. “Sempre servimos comida a todos depois de cada serviço. São pessoas pobres e necessitadas”, acrescentou.  

Ele disse que isso lhe traz grande alegria, pois quando as pessoas vão à igreja dizem que nunca foram tratadas tão bem ou se sentiram tão amadas em uma comunidade cristã.  

“Não é sobre como você monta uma igreja, é sobre como você se importa com as pessoas que vêm até você”, disse Mark, que também é o fundador da Prison Fellowship Malaysia (ministério cristão que evangeliza prisioneiros, ex-prisioneiros, suas famílias e pessoas afetadas pelo crime).“Para mim, até mesmo um ex-preso e criminoso condenado pode ser transformado e viver uma boa vida”, disse ele. 

No Natal, a “igreja dos pobres”, como Mark a gosta de chamar, ampliou o serviço de refeições. “Servimos um jantar maior no Natal porque muitos dos nossos irmãos convidaram seus amigos para participar do culto e todos nós passamos juntos”, disse o evangelista, que decidiu dedicar sua vida aos pobres malaios.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições