Na quinta-feira (18), a ONU informou que o número de pessoas que tiveram que deixar suas casas em todo o mundo por causa de conflitos, guerras e perseguições bateu o recorde novamente. Atualmente, são quase 60 milhões de pessoas.
Dos 59,5 milhões de deslocados, 19,5 são refugiados. Um dado triste e alarmante é que metade dos deslocados/refugiados no mundo é formada por jovens e crianças de até 18 anos de idade.
O Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, disse que o mundo está testemunhado uma mudança de paradigma, onde a escala do deslocamento global e a resposta necessária a este fenômeno é superior a tudo que já aconteceu até agora. “É aterrorizante verificar que, de um lado, há mais e mais impunidade para os conflitos que se iniciam, e, por outro, há uma absoluta inabilidade da comunidade internacional em trabalhar junto para encerrar as guerras e construir uma paz perseverante”, afirmou.
No Brasil, vivem atualmente cerca de 8 mil refugiados, número que quase dobrou em cinco anos.
Luiz Fernando Godinho, representante da ONU, fala da oportunidade que essas pessoas podem ter aqui em solo brasileiro.
“Em países como o Brasil elas têm condições de construir uma nova vida, começar uma nova vida. As crianças têm a oportunidade de deixar para trás um passado terrível e construir novos laços talvez em caráter definitivo, porque talvez não tenham condição de retornar para os seus países”, relata.
No Brasil, a Missão em Apoio à Igreja Sofreda - MAIS é uma organização que tem um programa de refugiados que incentiva igrejas a oferecer abrigo a famílias refugiadas. Conheça o projeto.
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