Países que perseguem a Igreja: como vivem os cristãos no Iraque

No país que ainda tem um cenário de guerra, cristãos que buscam a paz em Jesus Cristo são atacados e perseguidos.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: quarta-feira, 31 de março de 2021 às 13:06
Estima-se que 1,5 milhão de cristãos que viviam no Iraque em 2003, hoje apenas 220 mil permanecem no país. (Foto: Portas Abertas)
Estima-se que 1,5 milhão de cristãos que viviam no Iraque em 2003, hoje apenas 220 mil permanecem no país. (Foto: Portas Abertas)

POPULAÇÃO: 41,5 milhões 
CRISTÃOS: 175 mil 
RELIGIÃO: Islamismo, cristianismo e outras 
GOVERNO: República parlamentarista 
LÍDER: Barham Salih
POSIÇÃO: 11º na Lista Mundial da Perseguição

O Iraque é um país do Oriente Médio que fez parte do Império Otomano até o final da Primeira Guerra Mundial. Em 1932, a nação se tornou independente até ser uma república, em 1958, sob o comando de vários líderes autoritários. O último ditador, Saddam Hussein, foi derrubado por uma campanha militar liderada pelos Estados Unidos, em 2003. 

De lá pra cá, o vácuo de poder alimentou a violência entre os muçulmanos sunitas e xiitas e os cristãos foram atingidos nesse fogo cruzado. Os sentimentos islâmicos antiocidentais e radicais abriram caminho para a perseguição religiosa no país. Viu-se, desde então, um fluxo de refugiados saindo do Iraque, principalmente depois do fortalecimento do Estado Islâmico e de seu autoproclamado califado, em 2014.

No país já muito castigado pelas guerras, o cenário ainda é de destruição e ruas vazias, acompanhado de ataques suicidas. Após anos de violência, uma paz incerta chegou ao Iraque. Em 2020, muitos protestos violentos aconteceram e a instabilidade permanece. 

Opressão Islâmica

Muitos iraquianos que buscam a paz em Jesus Cristo são hostilizados e agredidos por abandonarem o islã. Os cristãos ex-muçulmanos costumam manter a nova fé em segredo por motivos de segurança. 

Quando descobertos podem ser ameaçados pela própria família e correm o risco de perder a herança. Extremistas islâmicos continuam ativos no Iraque, atacando e sequestrando os cristãos. 

O governo também discrimina os seguidores de Jesus em vários contextos, desde o local de trabalho até em postos de controle. Além disso, as leis de blasfêmia também podem ser usadas contra aqueles que tentam pregar o evangelho. 

Perseguição às mulheres no Iraque

O Estado Islâmico é conhecido por atacar as mulheres e as obrigar a ser escravas sexuais. Embora o grupo jihadista não tenha mais domínio sobre o país, o legado das ações dele permanece e muitas mulheres estão traumatizadas com as experiências que viveram. 

Mulheres sem véu em áreas como Bagdá e Basra são provavelmente perseguidas ou apedrejadas. Por não haver punição aos agressores, a impunidade favorece a repetição desses crimes. As ex-muçulmanas podem ser abusadas sexualmente, colocadas em prisão domiciliar ou são proibidas de deixar o país.

Como os homens cristãos são perseguidos

Os homens cristãos no Iraque são vulneráveis a várias formas de violência, especialmente os ex-muçulmanos. Muitos que vivem no Centro e no Sul do país são pressionados a deixar os empregos, principalmente se estiverem trabalhando para organizações estrangeiras ou em níveis mais elevados da sociedade, como empresas governamentais. 

No Norte, os cristãos muitas vezes lutam para conseguir um trabalho e são explorados quando encontram um. Dessa maneira, as famílias são diretamente afetadas, pois eles são os responsáveis pelo sustento dos lares.  

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