O Parlamento Europeu pediu a intervenção do governo indiano para resolver a questão da violência contra cristãos em Manipur, na Índia.
A região está lutando contra a destruição em massa de igrejas e propriedades cristãs. Cerca de 100 pessoas foram mortas e mais de 30.000 cristãos foram deslocados de suas casas.
Segundo o Christian Today, o Parlamento Europeu apelou para que o governo indiano "tome medidas urgentes para restaurar a calma", depois que as tensões entre a comunidade Meitei, de maioria hindu, e a população Kuki, de maioria cristã, entraram em conflito em maio deste ano.
Segundo os relatórios da missão Portas Abertas, pelo menos 350 igrejas e milhares de casas e propriedades cristãs foram destruídas, incendiadas e vandalizadas nos conflitos.
No dia 12 de junho, uma mulher foi morta em sua igreja enquanto orava e, um dia depois, 11 pessoas foram mortas em ataques a bomba.
Bíblias queimadas nos ataques extremistas. (Foto: Reprodução/Portas Abertas)
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A petição do Parlamento Europeu foi aprovada pela maioria e solicitou que o governo indiano "combata a impunidade e responda para conter a violência de acordo com os direitos humanos".
"Embora as autoridades indianas muitas vezes gostem de se gabar de que o país é a maior democracia do mundo, a intolerância e a violência contra as minorias religiosas pintam um quadro diferente”, disse a eurodeputada Miriam Lexmann, durante um debate sobre a petição.
"Esses ataques contra os cristãos não são incidentes isolados. Eles são organizados, deixando para trás destruição e vidas despedaçadas. A União Europeia não pode fechar os olhos para esses crimes", acrescentou ela.
Para o eurodeputado Ladislav Ilčić: "A mensagem deve ser clara: ‘Não desviaremos a cabeça da violência e não daremos as costas aos cristãos perseguidos’”.
A petição também foi bem aceita pela organização cristã americana “Alliance Defending Freedom” (ADF), que chamou a situação dos direitos humanos na Índia de "terrível" e acusou o país de permitir o "assédio direcionado" de cristãos por "criaturas radicais".
"A ADF International saúda a petição do Parlamento Europeu sobre Manipur e se junta à UE para pedir uma ação urgente para restaurar a calma e garantir um diálogo inclusivo com a participação da sociedade civil e das comunidades afetadas como saída para a crise", disse Adina Portaru, sênior advogado da ADF International em Bruxelas.
"Já passou da hora de a Índia não apenas abordar a situação em Manipur, mas também acabar com quaisquer leis e políticas que obstruam a liberdade de religião. Nossas orações estão com o povo da Índia", concluiu Adina.
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