Pastor batista sequestrado na Nigéria é libertado após 17 dias de tortura

O reverendo Elisha Noma foi sequestrado por pastores Funali que só o libertaram após pagamento de resgate.

Fonte: Guiame, com informações do Christian Headlines e Morning Star NewsAtualizado: sexta-feira, 6 de setembro de 2019 às 12:47
Pastores muçulmanos Fulani feriram o pastor batista Elisha Noma enquanto o mantinham em cativeiro. (Foto: Reprodução/Morning Star News)
Pastores muçulmanos Fulani feriram o pastor batista Elisha Noma enquanto o mantinham em cativeiro. (Foto: Reprodução/Morning Star News)

O pastor batista Elisha Noma, sequestrado no mês passado na Nigéria, foi libertado no fim de semana depois que sua família e líderes cristãos pagaram um resgate aos sequestradores, disseram fontes ao Morning Star News.

Os pastores muçulmanos Fulani no estado de Kaduna que sequestraram o reverendo em 14 de agosto receberam 3 milhões de naira (US$ 8.181) antes de libertá-lo no sábado (31 de agosto), de acordo com informações do presidente do capítulo estadual da Associação Cristã da Nigéria (CAN).

"Ele foi libertado depois que um resgate foi pago após uma série de negociações com os bandidos", disse o reverendo Joseph Hayab ao Morning Star News em uma mensagem de texto.

“Agradecemos a Deus por suas misericórdias. Oramos pela intervenção de Deus na calamidade que parece ter nos atingido como nação”, disse.

O pastor Noma, 60, da Igreja Batista Ungwan Makeri em Kaduna, identificou os sequestradores como pastores Fulani armados. Após sua libertação, ele recebeu tratamento médico por lesões provocadas enquanto estava em cativeiro.

Sua mão esquerda estava quebrada e seus sequestradores ligaram o telefone para permitir que sua família o ouvisse chorar de dor enquanto batiam nele, cortavam e queimavam partes de seu corpo para obrigá-los a pagar o resgate, de acordo com o CAN. O pastor ficou com cicatrizes de queimaduras na cabeça e no rosto.

Violência

Somente em agosto, mais de 40 pastores na Nigéria foram sequestrados ou sofreram alguma forma de violência por pastores ou terroristas do Boko Haram, segundo dados obtidos pelo CAN.

 "Também continuaremos pedindo ao governo e às agências de segurança que façam tudo ao seu alcance para impedir a crescente onda de criminalidade em todo o país, especialmente a crescente onda de sequestros no estado de Kaduna", disse o pastor Hayab ao Morning Star News.

James Kantiyok, diácono da igreja do pastor sequestrado, expressou alegria por sua libertação, apesar dos maus tratos enquanto estava em cativeiro.

"Não podemos segurar nossa alegria por sua liberdade, apesar de tudo o que ele passou", disse Kantihok ao Morning Star News.

"Vamos todos orar por sua recuperação total, pois ele está atualmente recebendo tratamento médico. Agradecemos a todos por orarem com a família e a igreja”, disse.

O Sequestro

Cerca de 20 pastores muçulmanos Fulani sequestraram o pastor Noma e seu filho, Emmanual Noma, depois de invadir sua casa por volta da 1 da manhã de 14 de agosto. Eles libertaram o filho do pastor algumas horas depois, com uma demanda para levantar 20 milhões de naira (US$ 55.155) em resgate.

Mais tarde, eles reduziram o valor para 7 milhões de nairas (US$ 19.304), disse o pastor Hayap ao Morning Star News naquele momento.

Na cidade de Kaduna, em 4 de agosto, os pastores de Fulani mataram o pastor Jeremiah Omolewa, da Living Faith Church, na área de Romi New Extension, e sequestraram sua esposa, disse uma fonte da igreja ao Morning Star News. Atacado pela estrada de Kaduna-Abuja a caminho de Abuja, ele foi morto quando os pastores atiraram em seu carro depois que o pastor terminou de liderar três cultos em sua igreja, disse a fonte.

 A esposa do pastor Omolewa foi libertada depois que a igreja pagou 3 milhões de nairas (US$ 8.273) aos pastores como resgate, disse a fonte. Um comunicado da igreja informou que o resgate foi pago depois que as negociações com os Fulani, que reduziram o montante de 10 milhões de nairas (US$ 27.577). Ela foi libertada no dia 8 de agosto por volta das 22h.

A Nigéria ficou em 12º lugar na Lista de Vigilância Mundial de Portas Abertas de 2019 dos países onde os cristãos sofrem mais perseguições.

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