Pastor é decapitado por grupo comunista, na Índia

Abraham Topno era pastor de uma igreja pentecostal na Índia e foi decapitado por homens armados, que deixaram um bilhete após o crime.

Fonte: Guiame, com informações do Gospel HeraldAtualizado: sexta-feira, 4 de maio de 2018 às 13:11
Pasrtor Abraham Topno. (Foto: ucanews.com)
Pasrtor Abraham Topno. (Foto: ucanews.com)

Os maoístas - grupo comunista oriental - assumiram a responsabilidade pelo assombroso assassinato de um pastor no leste da Índia na noite da última terça-feira (1º de maio), mas os cristãos da área disseram que suspeitavam que extremistas hindus os submetessem a isso.

Abraham Topno, pastor da Igreja Pentecostal de Deus, foi sequestrado por homens armados não identificados no distrito de Ranchi, estado de Jharkhand, que cortaram sua garganta e o decapitaram, segundo disse seu motorista a familiares. Ele tinha 46 anos.

O corpo do pastor, que trabalhou na área por mais de 20 anos, foi encontrado com a cabeça decepada e seu veículo foi incendiado. Aparentemente os maoístas reivindicaram a responsabilidade pelo assassinato, deixando um bilhete na cena do crime que dizia "Morte ao espião policial", mas os parentes do pastor expressaram suas dúvidas, dizendo que extremistas hindus provavelmente mobilizaram os maoístas para executar o líder cristão.

O pastor Topno foi emboscado e sequestrado a cerca de oitocentos metros de sua aldeia de Kubasal, enquanto voltava no caminhão de uma transportadora pública. Cerca de 20 a 25 homens armados não identificados emboscaram o veículo, arrastaram o pastor e o motorista para fora e cobriram seus "rostos completamente com uma sacola de pano". Os extremistas pouparam a vida do motorista, que relatou a ocorrência posteriormente.

O sobrinho do pastor, Aman Christochit Herenz, disse ao Morning Star News que quando seu tio não retornou tarde da noite passada, ele saiu de casa em sua moto, em busca do pastor.

"Eles começaram a conversar com meu tio enquanto o motorista era obrigado a ficar à distância", disse ele, citando o motorista Ranga Singh Munda. "Seus ouvidos também estavam cobertos pelo pano, então ele não conseguia entender a conversa. Os extremistas então cortaram o pescoço do meu tio, arrancaram a cabeça dele e incendiaram o veículo sem interagir com o motorista".

Mais tarde, o motorista foi avisado e reportou o crime à família de Topno.

"De longe, vi um veículo em chamas e percebi que algo estava errado", disse Herenz. "Eu sei que essa é uma área maoísta e, sentindo o perigo, voltei para casa, sem saber que era o mesmo veículo que meu tio estava pilotando que estava em chamas, e meu tio morto ao lado dele".

O pastor Topno e o motorista foram sequestrados por volta das 17h e Topno foi morto por volta das 21h, segundo relatou o sobrinho.

"Os maoístas reivindicaram a responsabilidade de matar meu tio afirmando que ele era um 'informante da polícia'", disse Herenz, que negou veementemente as acusações contra o pastor.

O Pastor Nuas Mundu, pastor da Igreja Pentecostal de Deus na aldeia de Murhu, distrito de Khoti, a cerca de 75 quilômetros da vila de Topno, disse que também suspeitava que extremistas hindus estivessem por trás do assassinato.

"Nós sabemos que ele era um evangelista vibrante, um missionário pioneiro, e nós suspeitamos que os extremistas hindus estão por trás de seu assassinato", disse o pastor Mundu. "Os maoístas matarão qualquer um por dinheiro, e se alguém pagar, farão o trabalho por eles".

Mas Shibu Thomas, fundador da Persecution Relief, disse ao Morning Star News que os maoístas estão cada vez mais atacando os cristãos.

"No passado, os missionários cristãos não tinham muitos problemas com os maoístas, mas ultimamente é visível que eles estão assediando os cristãos locais através das florestas de Jharkhand e East Godavari", disse Thomas. "Nós não sabemos a razão disso, mas definitivamente eles também se desviaram de suas ideologias e têm afiliações políticas".

A esposa de Topno, Huldah Hareing, ficou arrasada com a morte do marido e pediu oração. O corpo do pastor foi levado para autópsia, mas os resultados ainda não foram divulgados.

A Índia ficou em 11º lugar na lista da Missão Portas Abertas para perseguição religiosa em 2018.

 

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