Pastor na Nigéria recebe carta de fulanis com ameaça de morte: “Vamos matá-los como cabras”

Gideon Mutum também atua como trabalhador humanitário e tem ajudado nigerianos deslocados, pelos intensos ataques de fulanis contra comunidades agrícolas no estado de Kaduna.

Fonte: Guiame, com informações do The Christian Post Atualizado: terça-feira, 20 de julho de 2021 às 13:17
Moradores assistem a um enterro em massa para 17 pessoas mortas em um ataque noturno na vila de Gonan Rogo, no estado de Kaduna, na Nigéria, em 12 de maio de 2020. Foto: Usman Stingo.
Moradores assistem a um enterro em massa para 17 pessoas mortas em um ataque noturno na vila de Gonan Rogo, no estado de Kaduna, na Nigéria, em 12 de maio de 2020. Foto: Usman Stingo.

O pastor e trabalhador humanitário Gideon Agwom Mutum foi ameaçado de morte, junto com sua família, por extremistas islâmicos da tribo fulani, numa carta escrita à mão, no estado de Kaduna, na Nigéria.  A ameaça alertava: “vamos matar vocês como cabras. Conhecemos sua casa, sua igreja e até mesmo sua família”.

De acordo com a organização britânica Christian Solidarity Worldwide, o pastor Gideon encontrou a carta de duas páginas perto de seu carro, estacionado em sua casa, por volta do meio-dia, na última segunda-feira (12).

A carta anônima alega que Gideon, que ajuda nigerianos deslocados pelos intensos ataques de extremistas fulanis contra comunidades agrícolas no estado de Kaduna, insultou a tribo islâmica fulani na mídia. 

No documentado ameaçador, os radicais também ameaçaram destruir a escola construída pelo pastor no vilarejo de Pasakori e caçar o jornalista e ativista Steven Kefas, que foi detido por 150 dias em 2019.

"Nós estamos vindo. A Nigéria é nossa terra. Kaduna do Sul é nossa terra”, diz a carta.


Pastor Gideon Agwom Mutum. (Foto: CSW).

Onda de violência fulani

Desde o início do ano, uma onda de ataques e sequestros por muçulmanos radicais fulanis tem atingido o estado de Kaduna, na Nigéria. 

No mesmo dia em que o pastor Gideon recebeu a carta com a ameaça de morte, um grupo de fulanis atacaram comunidades na área do governo local de Zangon Kataf pelo sexto dia consecutivo, deixando 33 mortos, 215 casas e quatro igrejas destruídas, de acordo com o Southern Kaduna Peoples Union. 

No início deste mês, no dia 5 de julho, 140 alunos do Colégio Betel Batista foram sequestrados. O aumento alarmante desses sequestros forçou 13 escolas, a maioria instituições cristãs, em Kaduna, a fecharem as portas

Até agora, somente três vítimas de sequestro foram resgatadas durante uma missão de patrulha, conforme o Daily Post. Um dos resgatados era do Colégio Betel Batista.



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