A filha de um pastor nigeriano estava entre as mais de 200 meninas de uma escola da cidade de Chibok sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram no ano passado. Monica foi morta por não negar a Cristo, e ao invés de manter o sentimento de luto, seu pai se diz grato por ela ter escolhido a fé nos últimos instantes de vida.
"Me disseram que minha filha se recusou a mudar sua religião. Me disseram que eles cavaram um buraco e a enterraram até o pescoço, e ela foi apedrejada até a morte", relatou o pastor Mark em um vídeo divulgado pela BBC. "Morrer por amor a Cristo é a coisa mais feliz para mim. Eu sou grato que ela não tenha mudado sua religião. Ela confiava em Deus."
Sua esposa, identificada apenas como Marta, acrescenta: "Eu acredito que ela morreu com dignidade. Monica agora está no céu, porque ela se recusou se converter. ao islã."
Ataques do Boko Haram
A maioria das estudantes sequestradas são cristãs. Por isso, os jihadistas forçaram elas a se converterem ao islamismo e casarem-se com alguns dos militantes.
Miriam, uma adolescente de 17 anos que conseguiu escapar do Boko Haram depois de seis meses de cativeiro, revelou que foi forçada a se casar com um dos jihadistas, e agora está grávida.
A adolescente conta que as meninas recebiam ameaças constantes caso rejeitassem o casamento. "Quatro homens vieram até nós e cortaram as gargantas das meninas que recusaram na nossa frente. Então, eles disseram que isso iria acontecer com qualquer garota que se recusa a se casar".
Miriam acrescentou que depois de concordar com suas exigências, foi estuprada repetidamente. "Havia tanta dor. Eu estava lá apenas com o corpo. Eu não podia fazer nada sobre isso", desabafou a jovem.
Boko Haram matou pelo menos 5.500 civis na Nigéria desde o ano passado. O grupo tem como alvo os cristãos, tentando forçá-los a deixar o país – onde formam metade da população.
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