Pastores dançam de alegria ao receber doações de comida, em meio à pandemia na África

Pastores de Chibata, na Zâmbia, fizeram uma verdadeira festa ao receber comida através das doações de brasileiros. Por causa das restrições durante o isolamento social, devido ao Covid-19, o acesso aos alimentos têm sido restritos em locais como este.

“Nós estamos muito gratos pelo trabalho que vocês têm feito aqui na África. Nós estamos todos aqui celebrando, reunidos com pessoas que representam suas aldeias”, disse um pastor zambiano.

As doações foram feitas por meio de uma parceria entre a Associação Missionária Jeovah Jireh e a Missão Mãos Estendidas (MME).

O difícil cenário na África foi retratado em forma de alerta pelo diretor do Programa Mundial de Alimentos da ONU, David Beasley. Ele acredita que pode haver uma pandemia de fome “de proporções bíblicas”, já que “existe um perigo real de que mais pessoas possam morrer pelo impacto econômico do Covid-19 do que pelo próprio vírus”.

A escassez de comida já se tornou uma realidade em Zâmbia. “Com o lockdown nós temos pouca comida em casa. Na África as coisas são difíceis e caras, mas o dinheiro de vocês fez isso”, disse o pastor zambiano, apontando para os sacos de comida.

“Tem acontecido uma tragédia na África”, o pastor acrescentou. “As coisas estão difíceis, as famílias estão chorando. Eles estão em quarentena, mas não há comida e muitos perderam os empregos”.

^{Pastores da Zâmbia receberam doações de comida em meio à pandemia na África. (Foto: MME)}

Em mensagem enviada ao pastor Dario José Caetano, responsável pela ação, a esposa do missionário Orlando dos Santos agradeceu em lágrimas. O casal trabalha com comunidades cristãs e muçulmanas na Zâmbia.

“Hoje nós podemos levantar um som de gratidão ao Senhor Deus, nosso provedor, e por aquilo que vocês todos fizeram. Realmente esses pastores conseguem dizer ‘Deus está ao nosso lado’, porque quando nós escutamos o que eles passaram há alguns dias, foi muito difícil”, disse ela. “Deus faz caminho onde não há caminho. Estamos alegres, porque nós sabemos o que é não ter nada e ver Deus fazendo algo”.