Pastores são presos após defender filho em tribunal militar de Cuba

Luis Guillermo Borjas e Roxana Rojas foram acusados de desobediência às autoridades e podem ser condenados a 8 anos de prisão.

Fonte: Guiame, com informações de Christian Solidarity WorldwildAtualizado: quarta-feira, 28 de maio de 2025 às 17:39
Os pastores Luis Guillermo Borjas e Roxana Rojas. (Foto: CSW).
Os pastores Luis Guillermo Borjas e Roxana Rojas. (Foto: CSW).

Um casal de pastores foi preso após defender o filho durante julgamento em um tribunal militar de Cuba.

Segundo a Christian Solidarity Worldwide (CSW), uma organização que apoia cristãos perseguidos, Luis Guillermo Borjas e Roxana Rojas foram acusados dos crimes de desrespeito e desobediência às autoridades.

O promotor fez uma solicitação, pedindo que o casal – líderes da Igreja Assembleia de Deus – seja condenado a oito anos de prisão. O julgamento dos líderes está previsto para acontecer em 9 de junho.

O filho dos pastores, Kevin Laureido Rojas, foi levado à força para cumprir o serviço militar, exigido de todos os homens cubanos aos 18 anos, mesmo apresentando uma dispensa médica.

Logo depois, Kevin fugiu do quartel onde estava e os pais foram convocados ao tribunal militar.

No julgamento, os pastores mostraram os documentos de uma comissão médica que diagnosticou o jovem com um transtorno psiquiátrico e atestou que Kevin estava incapaz de cumprir o serviço militar. 

O promotor militar acusou os pais de mentir e de apresentar provas falsas. Então, o pastor Luis protestou e afirmou que os funcionários do tribunal seriam responsabilizados perante a "justiça de Deus".

No mesmo momento, o promotor ordenou a prisão do casal, alegando que é ilegal mencionar Deus ou a justiça de Deus em um tribunal militar. 

A pastora Roxana sofreu um problema cardíaco e foi levada inconsciente ao hospital. Já o pastor Luis permanece detido em uma cela na delegacia.

Segundo a CSW, Roxana foi importunada por um jovem com roupas civis, que alegou falsamente ser enfermeiro.

"A CSW pede às autoridades cubanas que retirem imediatamente as acusações criminais contra os pastores Luis Guillermo Borjas e Roxana Rojas e libertem o pastor Borjas da detenção”, afirmou a diretora de advocacia da CSW, Anna Lee Stangl. 

“É inaceitável que uma simples referência às suas crenças religiosas em resposta ao tratamento injusto dos militares para com a sua família seja criminalizada, e ainda mais inconcebível que o governo pretenda uma pena de prisão de oito anos”. 

Anna Lee ainda apelou à comunidade internacional para que pressione o governo cubano a garantir os direitos à liberdade de expressão e à liberdade de religião que são atacados no país.

Cuba ocupa a 26ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Missão Portas Abertas.

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