Pequenos Grupos são prioridade no evangelismo

Pequenos Grupos são prioridade no evangelismo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:07

Uma certeza ficou entre as dezenas de participantes da terceira edição do Fórum Administrativo de Pequenos Grupos da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul. A confirmação de que o trabalho através dos PGs, como são chamadas popularmente as reuniões nos lares, é a base de um crescimento sólido da própria denominação. Uma das palavras-chave do evento, que reuniu a liderança adventista em oito países na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, dia 6, sábado, foi ajustar.

O lema propositalmente intitulado “Ajustando o Foco” pedia uma discussão mais profunda sobre a necessidade de aperfeiçoar um projeto que já existe há anos e hoje conta com mais de 70 mil Pequenos Grupos no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Peru, Bolívia e Equador. O trabalho da Igreja Adventista em PGs consiste em que lares de adventistas e amigos interessados em conhecer mais sobre a Bíblia sejam abertos, semanalmente, para momentos de oração, pesquisa bíblica, relacionamento e incentivo mútuo à ação social e missionária.

O coordenador sul-americano desta frente missionária, pastor Jolivê Chaves, abriu o evento e destacou pontos fortes e fracos dos Pequenos Grupos na Igreja Adventista. Entre as vantagens enumeradas estão a possibilidade de quebrar barreiras com pessoas preconceituosas em relação a assuntos religiosos, desenvolver habilidades dos próprios membros adventistas e criar uma base de sustentação para congregações mais alinhadas com a missão evangelística de pregar o que a Bíblia diz constantemente. O trabalho hoje ainda tem pontos fracos, também, como a dificuldade de um envolvimento maior dos próprios adventistas e mesmo a transformação dos PGs em apenas mais um programa de igreja. Chaves ensina que o PG deve fazer parte do estilo de vida dos membros. No resgate histórico, apresentado pelo líder sul-americano, foi dito que, nos anos de 1870, início do adventismo organizado no mundo, o trabalho através de grupos menores e o conceito de se “plantar” igrejas sustentáveis e missionárias resultou em um crescimento sustentável de membros na ordem de 12% ao ano. Já dos anos de 1990 até 2000, com uma diminuição do esforço através dos PGs e o próprio “plantio” de igrejas, o crescimento adventista foi reduzido sensivelmente.

O líder geral sul-americano adventista, pastor Erton Köhler, explicou que a denominação evidentemente quer aumentar o número de batismos anualmente, mas que isso precisa ser consequência de um trabalho consciente e consistente através dos Pequenos Grupos. Ele desafiou os presidentes das 15 regiões administrativas da Igreja Adventista (chamadas de uniões) a se empenharem para corrigir problemas no desenvolvimento dos PGs em seus países e ouviu todas as sugestões e opiniões sobre como melhorar.

Retorno – Os debates ocuparam o tempo inteiro do sábado e todos puderam sugerir o que se pode fazer para tornar os Pequenos Grupos algo prático no cotidiano das pessoas. Pastores como Marlinton Lopes (Região Sul do Brasil) e Ivanaudo Barbosa (Região Nordeste do Brasil) pediram maior flexibilidade no trabalho de Pequenos Grupos, ou seja, que o projeto seja desenvolvido da maneira mais adaptada à realidade de cada lugar. O pastor Helder Róger, que preside a Igreja Adventista na Região Centro-Oeste do Brasil, destacou a necessidade de se criar lideranças fortes na base a fim de manter a filosofia dos PGs sempre presente nas congregações. O mesmo endossou o pastor Carlos Gill, líder dos adventistas na Argentina. Já o secretário da Igreja Adventista na Região Noroeste do Brasil, pastor Alijofran Brandão, acrescentou que é preciso incentivar a valorização dos pastores distritais e líderes locais que ajudam a desenvolver o trabalho em Pequenos Grupos. Quatro grupos forma formados, a discussão foi extensa e chegou-se a conclusões que foram sistematizadas no papel e serão apresentadas como propostas de voto no Concílio Quinquenal da Igreja Adventista na América do Sul que começa nesta segunda-feira, dia 8 de novembro, em Foz do Iguaçu/PR.

Simbolicamente, como forma de expressar a importância do comprometimento de todos com a causa, houve uma condecoração especial. Os líderes responsáveis pelo desenvolvimento dos PGs nas regiões brasileiras e países hispanos condecoraram com um broche administradores. Foi uma maneira diferente de mostrar que todos devem se preocupar com o assunto. A expectativa é que os Pequenos Grupos fiquem no peito e no coração de todos.

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