Muitos cristãos que fogem da perseguição islâmica no Paquistão enxergam a Tailândia como um possível destino, porém estão tendo seus pedidos de asilo negados e sendo submetidos a condições de vida desumanas.
O site cristão 'CBN News' contou a história de uma dessas famílias cristãs paquistanesas, que deixou o Paquistão na esperança de começar uma nova vida na Tailândia.
Mustaq Faisal foi acusado por vizinhos muçulmanos de rasgar as páginas do Corão. Faisal negou essas acusações.
"Eu estava com muito medo", diz ele. "Eu lhes disse que nunca faria algo assim com um livro que eles consideram sagrado, mas eles não acreditaram em mim".
Temendo por sua vida, de seu esposa e seu filho, Faisal fugiu com sua família para a Tailândia.
"No momento em que chegamos à Tailândia, eu formalizei o nosso pedido de asilo para a ONU", disse Faisal.
Faisal e sua família permaneceram na Tailândia durante seis meses. Seus vistos de turista expiraram e ambos ainda não tinham recebido resposta da ONU.
Logo, as autoridades tailandesas prenderam a família paquistanesa. Faisal não estava em casa no momento da prisão, mas sua esposa, Samina, foi levado sob custódia e acabou falecendo, devido a uma doença cardíaca, porque as autoridades tailandesas não permitiram que ela tomasse seu remédio.
Faisal agora está de volta ao Paquistão e tem de enfrentar os desafios da perseguição religiosa sem sua esposa.
Situação desumana
Wilson Chowdhry, um cristão defensor direitos humanos pela Associação Cristã Paquistanesa, disse que casos como o de Faisal, infelizmente são bastante comuns.
Chowdhry está tentando ajudar Faisal, mas diz que é uma batalha difícil:
"O que descobrimos é que as guardas de proteção, destinadas a cuidar dos prisioneiros, negam-lhes acesso aos cuidados de saúde e medicamentos", afirmou.
Chowdhry acrescentou que as autoridades tailandesas estão tratando os refugiados de forma desumana, transportando-os em veículos com gaiolas e até mesmo acorrentando-os como cães.
Em algumas instalações de refugiados, um número pessoas que chega ao dobro da capacidade desses locais acabam se amontoando nos quartos.
"Enquanto você caminha pelo local, o mau cheiro como é avassalador. Eles têm dois banheiros para atender a mais de 200 pessoas", disse Chowdhry.
Mais de 100.000 paquistaneses fugiram do seu país por causa do extremismo islâmico. Quase 11.000 foram para a Tailândia, muitos deles cristãos.
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