Um tradutor da Bíblia em Camarões foi torturado até a morte na manhã de domingo após um ataque sofrido por sua vila na noite anterior. Enquanto ele sofria a tortura, o braço de sua esposa foi decepado, de acordo com o ministério para o qual ele trabalhava.
O tradutor da Bíblia Angus Abraham Fung estava entre sete pessoas que foram mortas durante um ataque realizado por extremistas islâmicos Fulani em algum momento durante as primeiras horas da manhã do último domingo, na cidade de Wum, segundo Efi Tembon, que lidera um ministério chamado 'Oasis Network'.
Localizado na região anglófona de Camarões, onde os separatistas estão lutando pela independência, Wum está entre várias localidades em que jovens da comunidade nômade dos 'pastores Fulani' estão sendo incentivados por agentes do governo a realizar ataques contra comunidades agrícolas locais que apoiam os rebeldes separatistas, disse Tembon.
Tembon trabalhou em alguns projetos em Wum, antes de ser forçado a fugir do país por falar ao Congresso dos EUA sobre o conflito em junho de 2018. Ele disse ter sido informado por fontes na cidade que os Fulani invadiram cinco casas no sábado à noite e permaneceram na região até a manhã do domingo seguinte.
"Eles entraram nas casas e retiraram as pessoas", explicou Tembon ao The Christian Post. "Eles atacaram à noite e ninguém esperava por isso. Eles simplesmente entraram nas casas, os tiraram e os mataram"
Tembon disse que não foi informado sobre quantas pessoas ficaram feridas no ataque, mas apenas que a esposa de Fung, Eveline Fung, teve seu braço decepado e está recebendo uma transfusão de sangue em um hospital local.
Quanto ao tradutor da Bíblia, Tembon foi informado de que Fung foi morto com um facão.
"Não sei o que motivou o ataque. Eles chegaram e mataram pessoas", acrescentou Tembon, afirmando que a maioria das vítimas eram homens mais velhos.
Fung estava na casa dos 60 anos e trabalhou por muito tempo com os Tradutores da Bíblia Wycliffe em uma tradução do Novo Testamento na língua Aghem. O projeto que foi concluído em 2016.
"Ele era um dos principais líderes comunitários de toda a tribo e fazia parte dos serviços de tradução e também coordenava os esforços de alfabetização", explicou Tembon. "Então, ele foi uma grande parte do trabalho de alfabetização, porque a língua deles nunca havia sido escrita antes. Foi ele quem coordenou e ensinou a língua. Agora, muitas pessoas podem ler e escrever o idioma como resultado do trabalho de Angus".
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